Saúde e desemprego entre constantes da campanha são-tomense
Ontem no final da tarde, o cinema Marcelo da Veiga na capital são-tomense acolheu o único debate público dos candidatos às legislativas de 7 de Outubro. Neste encontro promovido pela sociedade civil, todos os candidatos estiveram presentes, com excepção do líder do partido no poder, a ADI.
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Na ausência do primeiro-ministro cessante, os participantes não deixaram de fazer um balanço crítico dos seus quatro anos de governação e abordaram algumas das problemáticas que têm sido uma constante nos discursos políticos da oposição durante esta campanha.
E, nomeadamente a questão da justiça, a possibilidade de fraudes eleitorais ou ainda a situação económica do país, o desemprego e a saúde.
No tocante a este ultimo ponto, ao longo destes dias de campanha, a temática da saúde tem sido uma constante, designadamente a questão da falta de medicamentos.
O gestor e director do Hospital Central da capital, Célsio Junqueira considera que esta situação se relaciona nomeadamente com o facto de São Tomé e Príncipe ter passado recentemente a ser considerado "pais de rendimento médio", o que –afirma o gestor- implicou menos ajudas às autoridades.
Célsio Junqueira, sobre a saúde
Outra constante da campanha eleitoral também foi a questão do acesso ao mercado de trabalho. Apesar do FMI antever há alguns meses um crescimento de 5% da economia do país, os são-tomenses continuam a debater-se com a falta de empregos, apesar da sua força de trabalho ser na sua esmagadora maioria jovem.
Segundo dados oficiais, a média etária do país ronda os 16 anos, contudo, a oferta de trabalho não corresponde à procura. Para o gestor Celsio Junqueira, é necessário apostar em mais formações dentro do país para criar condições de crescimento.
Célsio Junqueira, sobre o desemprego
Refira-se que a campanha eleitoral está agora a pouco mais de 24 horas de terminar.
Depois de um dia de reflexão, no sábado, sobre os argumentos apresentados por uns e outros nestas duas semanas de campanha, Domingo, entre as 7h00 e as 18h00 locais, os cerca de 97 mil eleitores inscritos vão ser chamados às urnas para eleger os seus deputados, autarcas e o futuro chefe do governo autónomo da ilha do Príncipe.
Nesta óptica, começam a chegar ao conta-gotas os observadores internacionais que vão vigiar o processo. Alguns já se encontram em campo desde esta Quarta-feira, designadamente os observadores da CPLP, sendo que estava prevista para esta Quinta-feira a chegada a São Tomé do chefe desta missão, o antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, Zacarias Albano da Costa.
Correspondência de São Tomé
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