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SÃO TOMÉ E PRINCIPE

Deputados são-tomenses aprovam dispositivo para estrangeiros

Os deputados da Assembleia nacional de São Tomé e Príncipe aprovaram nesta quarta, 15 de Agosto, a proposta  de alteração do regime jurídico  dos cidadãos estrangeiros. O documento controverso foi aprovado na generalidade em sessão plenária com os votos da  maior parlamentar.

Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe, cidade de São Tomé
Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe, cidade de São Tomé pt.rfi.fr
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A proposta foi aprovada  com 31 votos da ADI, 16 contra do MLSTP-PSD, PCD e UDD (bloco da oposição parlamentar).

A  deputada  independente Beatriz  Azevedo abstêve-se.

O  documento  vai ser analisado na  especialidade para depois  ser submetido ao Presidente da República  para a promulgação.

A proposta  prevê a autorização  de permanência no arquipélago e  sem visto para cidadãos de  alguns países num período de  180 dias, ou seja seis meses.

Os  partidos  da oposição com assento parlamentar discordam da proposta, mas  o governo argumenta que a mesma  visa fomentar a cooperação com alguns  países a definir, promoção de investimentos e  turismo.

A anterior  decisão do governo  que ainda vigora prevê a  entrada sem visto em São Tomé  e Príncipe de cidadãos de alguns  países por um período máximo de 15  dias.

Entretanto os deputados  aprovaram a prorrogação  do mandato parlamentar da  presente legislatura até 31  de Agosto.

A oitava legislatura terminaria esta quarta feira o seu mandato.

Ouça aqui o nosso correspondente Maximino  Carlos em  São Tomé.

01:25

Correspondência de São Tomé e Príncipe

Os partidos da oposição, incluindo extraparlementar, tinham, porém apelado ao chefe de Estado para que exercesse a sua "magistratura de influência" para travar o dispositivo.

Evaristo Carvalho tinha recebido em audiência uma série de forças políticas, com e sem representação parlamentar, a 8 de Agosto.

Na altura, nomeadamente, Jorge Bom Jesus, líder do MLSTP-PSD, partido histórico são-tomense e maior força da oposição, considerou o texto como inoportuno, um dispositivo que, a seu ver, colocaria em causa a segurança e paz social.

O comunicado do MLSTP-PSD, referia mesmo que "São Tomé e Príncipe poderá transformar-se num porto de abrigo para malfeitores e organizações criminosas e terroristas, pondo em causa a segurança dos são-tomenses, a segurança nacional e até de outros países".

Este novo dispositivo legal submetido ao parlamento pelo governo ocorre a menos de dois meses das eleições legislativas, autárquicas e regional.

Por ora estão isentos de visto de entrada cidadãos dos países membros da CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa, dos países da União Europeia, dos Estados Unidos, do Canadá, nomeadamente, mas também de alguns países africanos e asiáticos.

De acordo com a oposição os serviços de migração e fronteiras seriam incapazes de controlar a situação.

 

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