Militares ruandeses usariam São-Tomé para tráfico de armas
Os três partidos da oposição são-tomense entregaram uma providência cautelar em relação à estadia, de dois meses, dos 20 militares ruandeses no arquipélago.
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O Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP/PSD), o Partido da Convergência Democrática (PCD) e partido União para Democracia e Desenvolvimento (UDD) entregaram hoje uma providência cautelar relativamente à chegada, deste fim-de-semana, do grupo de 20 militares do exército ruandês presentes no arquipélago com intuito de formarem oficiais são-tomenses.
Em causa está o facto de o governo não ter informado a oposição do acordo assinado entre Ruanda e São Tomé no domínio da defesa como nos explicou o líder da bancada parlamentar do MLSTP Jorge Amado; "todas as atitudes que o governo tem tomado ultrapassam a legislatura porque devem consultar e informar os partidos da oposição. Em relação ao acordo com Ruanda deveríamos saber se abrange áreas militares e o tipo de colaboração".
O acordo que tem gerado polémica, segundo o líder da bancada parlamentar do MLSTP Jorge Amado a presença destes militares é um pretexto para que o aeroporto possa servir como espaço de trafico de armas; "a vinda das tropas ruandesas é um pretexto para que o nosso aeroporto possa ser um espaço de tráfico de armas".
Relativamente ao recenseamento eleitoral que decorre no arquipélago, o líder da bancada parlamentar do MLSTP descreve que já foi enviada uma nota para todas as Embaixadas e Organizações Internacionais "porque estão a preparar uma fraude eleitoral bastante grande para o nosso país".
Líder da bancada parlamentar do MLSTP, Jorge Amado
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