O FMI terminou esta quinta-feira (24/03) a sua avaliação anual a São Tomé e Príncipe, tendo considerado favorável o desempenho económico do arquipélago, com um crescimento estável do PIB de cerca de 4% desde 2012, considerado mais rápido do que muitos pequenos estados insulares, mas insuficente para reduzir significativamente a pobreza no país.As expectativas macro-económicas do FMI são pois favoráveis a curto prazo, mas os desafios persistem com uma previsão de crescimento do PIB de 5% em 2016 e a inflação a manter-se nos 4%, sobretudo devido à baixa dos preços dos bens alimentares e do petróleo.O FMI apontou como principais críticas ao país o aumento do crédito mal parado e do individamento das familias e das empresas, o que segundo a institução dificulta o acesso ao crédito pelo sector privado.Neste ano de eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe (segundo semetre de 2016) o FMI aconselha as autoridades a manterem a prudência fiscal e a investirem nos sectores energético, do turismo e da agricultura.Para comentar estes dados ouvimos Teotónio Torres, antigo ministro da economia nos anos 80 (antes da instauração do multipartidarismono arquipélago), ele defende que a pesca deveria ser um dos sectores prioritários, mas continua um acérrimo critico à gestão dos fundos públicos, às instituições internacionais e à Europa que a seu ver roubam o seu país, onde admite no entanto que a corrupçao é endémica, recordando mesmo que em 2010 "tentaram matá-lo".
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