Acesso ao principal conteúdo
Sao Tomé e Príncipe

São Tomé: único réu civil está a ser ouvido desde ontem sobre caso do 25 de Novembro

Depois do adiamento da sua primeira audiência inicialmente prevista para o passado dia 25 de Setembro, devido à ausência do réu, começou ontem em São Tomé, o julgamento de Lucas, o único civil acusado do assalto ao quartel das Forças Armadas, no dia 25 de Novembro do ano passado que resultou na tortura e morte de quatro civis. O julgamento decorre sob forte dispositivo de segurança.

Quartel militar de São Tomé e Príncipe.
Quartel militar de São Tomé e Príncipe. © Cristiana Soares
Publicidade

O juiz Edmar Teixeira do tribunal de primeira instância preside a sessão que decorre no Arquivo Histórico na cidade de São Tomé com um forte cordão de segurança, facto que levou as autoridades policiais a cortarem a circulação de viaturas na área circundante. 

Bruno Afonso, vulgo Lucas, o único civil acusado no assalto ao quartel das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe em Novembro de 2022, é acusado da prática de vários crimes, com destaque para o de alteração violenta do Estado de direito na forma qualificada.

A primeira audiência prosseguiu esta quarta-feira com a presença do Estado Maior das Forças Armadas e outros militares que são testemunhas desde caso. 

Em tribunal, o réu fez o seu relato do que sucedeu na noite de 24 de novembro de 2022 até à madrugada do dia 25, Lucas referindo designadamente ter sido forçado por outros dois colegas a ir ao quartel do exército.

Ao antever um julgamento longo, Miques Afonso, advogado de defesa de Lucas disse que o seu constituinte está a ser pressionado quanto ao teor que ele deveria dar ao seu depoimento, mas que o mesmo está calmo e sereno. "Nós entendemos que há muita pressão no sentido de ele confessar aquilo que não fez -é o que também podemos perceber aí- mas o Lucas está sereno e tem estado a responder com naturalidade a todas as questões que estão a ser feitas", afirmou o advogado.

Recorde-se que Bruno Afonso e outros 7 soldados do exército são acusados da prática do crime de alteração violenta do Estado de direito na forma qualificada. Porém o Tribunal de primeira instância argumentou não tem competências para julgar os militares citados neste caso, remetendo o seu eventual julgamento para o Tribunal Militar.   

Mais pormenores com Maximino Carlos:

01:06

Correspondência de Maximino Carlos do dia 4 de Outubro de 2023

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.