Patrice Trovoada está "a acompanhar" a situação dos estudantes são-tomenses na Madeira
Vários alunos são-tomenses da Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira denunciaram casos de ameaça, discriminação e “escravatura” e o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, afirmou estar a acompanhar esta situação e que cabe a Portugal investigar.
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Após as acusações de vários alunos são-tomenses sobre o funcionamento da Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira, Patrice Trovoada veio dizer na terça-feira que está a par das denúncias e que cabe a Portugal investigar as condições de vida destes alunos.
"Eu não quero falar em escravatura no que diz respeito aos estudantes, é uma palavra excessiva. Estamos a ouvir toda a gente, temos protocolos com Portugal, e se é uma situação que acontece em Portugal cabe às autoridades em Portugal lidar com a situação, tem a responsabilidade, nós estamos a acompanhar e temos a certeza que se alguma coisa aconteceu, as instâncias portuguesas saberão em primeiro lugar lidar com a situação", declarou o líder do Governo são-tomense.
O primeiro-ministro detalhou que tanto a Embaixada de São Tomé e Príncipe em Lisboa como o Ministério da Educação Nacional se estão "a inteirar do assunto", pedindo agora uma investigação exaustiva às autoridades portuguesas.
Após a denúncia dos casos de abusos relatados pelos estudante são-tomenses, o Governo da Madeira reencaminhou para a Inspeção Regional de Educação uma exposição relativa a estas queixas pedido uma investigação "urgente", já a Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira rejeitou qualquer prática discriminatória em relação aos alunos de São Tomé e Príncipe.
Entre as queixas dos alunos estão longas jornadas de aulas práticas, o alojamento onde vários alunos ficam no mesmo quarto e ainda o facto de não haver descanso no Domingo.
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