São Tomé e Príncipe: Delfim Neves pediu a suspensão do mandato de deputado
Delfim Neves, ex-presidente da Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe, pediu a suspensão do seu mandato de deputado para ser ouvido pelo Ministério Público, enquanto testemunha, no caso do ataque ao quartel militar ocorrido a 25 de Novembro de 2022, que culminou na tortura de cinco suspeitos e morte de quatro.
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O ex-presidente da Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe, Delfim Neves, pediu a suspensão do seu mandato de deputado para poder ser ouvido pela justiça, na qualidade de testemunha “no processo n.º 768/2022, ou seja o caso dos homicídios que ocorreram no quartel” das Forças Armadas, a 25 de Novembro do ano passado. O anúncio foi feito por Pedro Sequeira de Carvalho, um dos três advogados de Delfim Neves em declarações, recolhidas pela agência Lusa, junto às instalações do Ministério Público na capital são-tomense.
Delfim Neves foi presidente da Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe entre 2018 e 2022 e, actualmente, é deputado do movimento Basta.
Na madrugada de 25 de Novembro de 2022, supostamente quatro homens desarmados atacaram o quartel militar do Morro, na capital são-tomense. Na sequência desse ataque, os militares detiveram, nessa mesma madrugada, Delfim Neves e Arlécio Costa, nas suas respectivas casas.
Os quatro supostos atacantes e Arlécio Costa foram barbaramente torturados, com imagens e vídeos desses momentos a circularem pelas redes sociais. Horas mais tarde, três dos alegados assaltantes e Arlécio Costa foram mortos. Um dos alegados atacantes sobreviveu e encontra-se preso.
O processo relativo a Delfim Neves, que teria alegadamente sido identificado como financiador do ataque, foi arquivado.
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