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São Tomé e Príncipe

Novo líder dos militares admite que Forças Armadas estão a passar "momento delicado"

João Pedro Cravid é novo chefe de Estado Maior das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe e admitiu que a instituição está a passar por um "momento delicado", começando com reformas já esta semana, na sequência da tentativa de golpe de Estado que resultou em quatro mortos no quartel-general, em São-Tomé.

Palácio Presidencial, São Tomé.
Palácio Presidencial, São Tomé. © Neidy Ribeiro
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O novo chefe de Estado Maior das Forças Armadas de são Tomé e Príncipe prometeu reformas na Forças Armadas. João Pedro Cravid, que detém actualmente a patente de brigadeiro-general, por inerência das suas funções, prometeu adoptar algumas decisões ainda esta semana. 

"Vamos mudar a forma de pensar, vamos mudar a forma de agir e a forma de estar porque há necessidade urgente. Rapidamente alguma decisões serão tomadas, ainda esta semana começarei a tomar alguma decisões", afirmou João Pedro Cravid.

O novo chefe de Estado Maior quer evitar os episódios de 25 de Novembro, indicando que a tentativa de golpe de Estado e as consequentes mortes no quartel em São Tomé ainda estão a ser investigadas.

"Temos de fazer de tudo para que não volte a acontecer o que aconteceu no dia 25 de Novembro. O processo está a decorrer os seus tramites, a investigação, para o apuramento da verdade", declarou.

Para este militar, as Forças Armadas são-tomenses estão a viver um "momento delicado".

"As Forças Armadas de São Tomé e Príncipe atravessam um momento delicado por causa dos acontecimento do dia 25 de Novembro. Esses acontecimentos abalaram a nossa instituição e consequetemente o nosso país", admitu João Pedro Cravid.

Depois da tomada de posse do chefe de Estado-Maior, ainda se desconhece a composição das restantes estruturas do comando das Forças Armadas apesar de alguns segmentos da sociedade exigirem a sua  reestruturação face aos acontecimentos de Novembro.

O MLSTP/PSD, na oposição são-tomense, veio pedir a exoneração do vice-chefe do Estado-Maior e do inspetor-geral das Forças Armadas, “por conivência” com os atos praticados contra os detidos após o ataque a quartel do exército.

Poucos dias após a tentativa de golpe de Estado, o então chefe do Estado-Maior-General d​as Forças Armadas, Olinto Paquete, demitiu-se do cargo na sequência da morte de quatro pessoas no quartel-general das Forças Armadas, dizendo que os factos ocorridos eram e "inexplicáveis" e"horrorosos".

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