Jean-Paul Belmondo: a eternidade do herói do cinema francês
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Ouvir - 07:29
A França presta hoje homenagem a Jean-Paul Belmondo, com uma cerimónia pública nos Invalides, onde o Presidente Emmanuel Macron, assim como mil admiradores vão recordar o ator francês, falecido na segunda-feira com 88 anos. Joel Anjos, realizador português radicado em Paris, considera que Belmondo é o herói do cinema francês.
Jean-Paul Belmondo morreu na segunda-feira e deixou orfãos muitos fãs de cinema em todo o Mundo, mas especialmente em França onde fez parte como actor e produtor dos momentos mais relevantes do cinema gaulês no século XX.
Uma presença no cinema que marcou Joel Cartaxo Anjos, realizador português instalado em Paris, e premiado pela sua curta metragem « Si loin de Kaboul », estando agora a filmar a sua primeira longa-metragem.
"Há actores que têm uma capacidade extraordinária que é de ser cineasta ao mesmo tempo, porque era uma pessoa que conhecia todo o abecedário do cinema e que tinha, ao mesmo tempo, uma grande simplicidade. Existe, na sua presença na 'nouvelle vague', e na sua participação neste período, um poder de actor e de cineasta", afirmou Joel Cartaxo Anjos em entrevista à RFI.
Com 60 anos de carreira, dezenas de filmes franceses e internacionais em que interpretou os mais diversos personagens, quebrando barreiras entre a comédia e o drama, Jean-Paul Belmondo eternizou-se na sétima arte, servindo de inspiração às gerações que ainda estão para vir.
"Existe uma eternidade no facto de ele ser um marco e de ter tido tanta influência e continuar a ter influência em tantas gerações. Esse eco que ele deixa dá-lhe um tributo de eternidade, de mito, de herói do cinema francês", concluiu o cineasta português.
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