Esta semana, a Assembleia Nacional votou, novamente, o alargamento da procriação Medicamente assistida-PMA- a todas as mulheres, uma medida emblemática do projeto de bioética, que volta a ser examinado para nova leitura, antes da adopção final em 29 de Junho. O artigo 1 do vasto projeto do governo foi aprovado com 81 votos a favor, 39 contra e cinco abstenções.
A Assembleia Nacional deve continuar a examinar o texto, nos próximos dia, que será depois enviado pela última vez ao Senado, de maioria de direita, regressando mais tarde à Assembleia que terá a última palavra no dia 29 de Junho.
A procriação medicamente assistida, que permite ter um filho com recurso a diferentes técnicas médicas, está atualmente reservada aos casais heterossexuais. A promessa de campanha de Emmanuel Macron, e amplamente aclamada pela população francesa segundo as últimas sondagens, de alargar a PMA aos casais de lésbicas e mulheres solteiras, continua a dividir os vários grupos políticos.
Em entrevista à RFI Luísa Semedo, denuncia um falso conservadorismo da sociedade francesa.
"As forças mais reaccionárias francesas continuam a fazer lobby para que esta lei não passe. De facto é surpreendente que já tenha passado em dez países, até em países mais conservadores, mais religiosos como Portugal, e em França continuamos com este problema. Há um conservadorismo que não faz sentido nenhum".
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