CAN 2025 em Marrocos: "Há uma expectativa maior para esta edição"

Neste magazine desporto, abordámos a próxima edição do Campeonato Africano das Nações, CAN, que se realiza em Marrocos em Julho e Agosto do próximo ano. Em entrevista à RFI, Tico Tico, antigo jogador moçambicano fala sobre as expectativas para esta próxima edição que acontece em pleno verão europeu, no norte de África.

Tico-Tico, antigo avançado de Moçambique. Imagem de Arquivo. © AFP - GIANLUIGI GUERCIA

"As expectativas aumentaram, naturalmente. O último CAN teve muita qualidade, tanto em termos competitivos, como organizativos. Toda a gente que acompanhou diz que foi um bom torneio, com bons jogos. A expectativa é que em Marrocos seja ainda melhor. Sabemos que Marrocos não se deu muito bem neste último CAN e organizando em casa depois da expectativa que criou com o mundial que fez, há uma expectativa ainda maior agora", começou por referir, em entrevista à RFI.

O antigo jogador moçambicano falou ainda sobre o facto do próximo CAN se realizar em pleno verão europeu, altura do ano em que os jogadores não têm campeonatos e, por isso, estão mais disponíveis.

Tico Tico recordou ainda o entusiamo da população moçambicana que acompanhou atentamente o Campeonato Africano das Nações 2024 e deu a sua opinião sobre aquilo que falta à seleção para conseguir obter melhores resultados em futuras competições. Moçambique nunca passou da fase de grupos no CAN.

Destaque ainda nesta edição de desporto para a morte de Artur Jorge, antigo jogador e treinador português, que faleceu esta semana aos 78 anos de idade.

Artur Jorge dedicou toda a sua vida ao mundo do futebol, primeiro como jogador onde vestiu a camisola pelo Futebol Clube do Porto, Benfica, Belenenses e Académica de Coimbra, tendo marcado um total de 215 golos em toda a sua carreira.

Depois, decidiu tornar-se treinador e passou por vários clubes, nomeadamente, o Paris Saint Germain, vários clubes de países africanos, caso dos Camarões ou até mesmo por um clube russo.

Ao microfone da RFI, Eric Mendes, jornalista especialista no PSG, realçou o facto deste jogador deixar uma grande marca no mundo do futebol. 

"Deixou uma marca importante, enorme, em todos os aspectos. Era um treinador que conseguiu atingir o sucesso em todos os locais por onde passou. Toda a gente se lembra, por exemplo, claramente da Liga dos Campeões com o Porto. Toda a gente se lembrava dele também como jogador porque ele era uma referência. Era um dos melhores jogadores de Portugal e é difiícil dar continuidade a uma carreira [nesta área] depois de ser um grande jogador e ele conseguiu ser um grande treinador, o que é algo notável", rematou.