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Arquipélago dos Bijagós é ponto de partida para a valorização da cultura e natureza na Guiné-Bissau

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"O que é nosso tem valor", defendeu o ministro do Ambiente da Guiné Bissau, Viriato Cassamá, aquando a entrega da candidatura do arquipélago dos Bijagós a Património Mundial na UNESCO,em Paris. Carnaval da Guiné-Bissau, cidade de Cacheu e vestígios em Gabu podem ser próximas candidaturas do país.

O ministro Viriato Cassamá entregou ontem oficialmente a candidatura do arquipélago dos Bijagós a Património Mundial na UNESCO, em Paris.
O ministro Viriato Cassamá entregou ontem oficialmente a candidatura do arquipélago dos Bijagós a Património Mundial na UNESCO, em Paris. © UNESCO
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Em Paris, o ministro Viriato Cassamá falou sobre o arquipélago dos Bijagós, que são agora oficialmente candidatos a Património Mundial da UNESCO, mas avançou outras possíveis candidaturas do país.

"A Guiné-Bissau é um país muito rico não só em termos de biodiversidade, mas também em termos de cultura. O nosso Carnaval é típico e muito nosso, porque não imaginar uma candidatura do nosso Carnaval? Temos a cidade de Cacheu que era o interposto e ponto de partida de escravos para as Américas, também podem pensar nessa candidatura. Temos sítios na região de Gabu que era um bastião do Império do Mali", disse o ministro.

No caso de a candidatura dos Bijagós ser aceite, esta região pode potenciar o turismo em todo o país, sendo uma "relíquia" no continente africano.

"O arquipélago dos Bijagós é uma das relíquias do Mundo. São 88 ilhas e só 21 são habitadas, temos uma reserva natural que foi preservada ao longo dos tempo pelo saber fazer das comunidades locais. Temos de ter isso em conta. Com a graduação desta zona como Património Mundial, com certeza o arquipélago ficará mais conhecido e vai potenciar a vinda de muitos turistas e desenvolvimento económico na região", declarou Viriato Cassamá.

De forma a garantir a preservação desta zona, será feito, segundo o ministro, um trabalho de acompanhamento dos pescadores locais, de forma a evitar a sobrepesca. Também a segurança neste arquipélago, com algumas ilhas remotas, é essencial e a Marinha guineense patrulha já a zona, com a ajuda de Portugal, com a possibilidade mais meios assim que haja a atribuição do estatuto de património mundial.

Este será um primeiro passo para a promoção do turismo e desenvolvimento sustentável na Guiné-Bissau, sendo agora preciso continuar a trabalhar com todos os guineenses para a valorização da sua cultura e dos seus ecossistemas.

"Se for aprovada a candidatura, o arquipélago dos Bijagós será o primeiro sítio considerado Património da UNESCO na Guiné-Bissau. Isso é muito importante e isso demonstra que estamos a pensar num desenvolvimento equilibrado, não só em termos económicos, mas pensamos na sustentabilidade disto tudo. Mas precisamos fazer uma promoção a nível nacional já que nem toda a gente sabe o que significa o Património Mundial nem a deposição da candidatura, mas precisamos trabalhar na sensibilização em geral e especialmente da comunidade autóctone da zona", concluiu o ministro.

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