Moçambique: “Sem segurança não há desenvolvimento, sem desenvolvimento não há segurança”
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Para combater o terrorismo jihadista que atinge a província de Cabo Delgado, a União Europeia (UE) criou uma Missão de Formação Militar da UE em Moçambique (EUTM Moçambique). O objectivo: formar e equipar 11 unidades de reacção rápida nas forças armadas moçambicanas.
A missão, que tem um mandato não executivo, ou seja, não participa em operações militares, tem uma duração prevista de dois anos e um orçamento de 89 milhões de euros para equipar cinco unidades de fuzileiros e seis de comandos.
A formação militar, incluindo a preparação operacional, formação especializada em matéria de luta contra o terrorismo e formação e educação nos domínios da protecção de civis – particularmente das mulheres e raparigas em situações de conflito – fazem parte da missão que visa contribuir para a abordagem integrada da UE para Cabo Delgado.
No terreno, a Força da Missão da UE é comandada pelo Brigadeiro-General do Exército Português Nuno Lemos Pires. Sobre a actual situação em Cabo Delgado, o Brigadeiro-General afirma que “está menos mal, está muito mais controlada. A ajuda do Ruanda, da SADC e das forças treinadas pela União Europeia já vieram fazer a diferença. Mas dizer que o problema está resolvido, nem pensar nisso.”
Em entrevista à RFI, o Brigadeiro-General Nuno Lemos Pires começa por revelar como surgiu o convite para Portugal comandar a missão em Moçambique.
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