O jornal britânico Financial Times revelou no passado fim-de-semana que responsáveis do Irão e da Arábia Saudita mantiveram um encontro secreto em Bagdade no começo deste mês no intuito de explorar pistas para diminuir a tensão vigente entre ambos. De relações cortadas desde 2016, os dois rivais regionais enfrentam-se em vários terrenos, nomeadamente no Iémen onde há mais de 6 anos que Riade apoia o governo face aos rebeldes Hutis por sua vez apoiados por Teerão.
Este encontro que decorreu numa altura em que o Irão tem estado por outro lado a tentar ressuscitar com os Estados Unidos o acordo nuclear assinado em 2015, aconteceu também numa altura em que o seu inimigo histórico, Israel, acaba de normalizar as suas relações com alguns países do golfo, isolando um pouco mais Teerão.
Foi sobre este contexto de um Médio Oriente em plena mutação que conversamos com Djenirah Couto, historiadora e especialista do Médio Oriente ligada à Escola Prática de Altos Estudos em Ciências Sociais aqui em Paris, para quem estes primeiros contactos entre o Irão e a Arábia Saudita serviram essencialmente para medir forças no terreno político.
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