O Chade acaba de perder hoje o seu Presidente, Idriss Déby, que de acordo com o exército sucumbiu aos seus ferimentos depois de ter sido baleado no fim-de-semana quando estava a comandar as suas tropas contra forças rebeldes no norte do país.
Após já 30 anos no poder, Idriss Déby estava prestes a encetar um sexto mandato, depois de ter sido anunciada ontem a sua vitória logo na primeira volta das presidenciais do passado dia 11 de Abril, com um pouco mais de 79% dos votos.
Esta terça-feira, na sequência do anúncio da morte do chefe de Estado, o exército indicou que o seu filho, Mahamat Déby, iria comandar o destino do país por um período transitório de 18 meses ao fim do qual deveriam ser organizadas eleições.
Apesar de se tentar evitar o vazio no poder e todas as incertezas inerentes a uma transição, abre-se um período de incógnitas para o Chade mas também para a região. Muito embora Idriss Déby fosse encarado como o chefe autoritário de um país instável económica e politicamente, ele era também considerado -designadamente pela França- como um dos pilares da luta contra o terrorismo na região do Sahel.
Foi sobre este e outros aspectos que conversamos com o Padre Comboniano Leonel Claro que se encontra baseado em Sarh, localidade do sul do Chade.
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