Susana Custódio: «Zona do sismo na Turquia e na Síria era de risco e as construções deviam ter resistido»
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Ouvir - 14:04
Na madrugada da segunda-feira 6 de Fevereiro, as regiões do Mediterrâneo e do Sudeste da Anatólia na Turquia, e as regiões próximas na Síria foram abaladas por um sismo que deixou um vasto rasto de destruição.
Uma semana após esse abalo, Martin Griffiths, subsecretário-geral para assuntos humanitários da ONU, afirmou que a fase dos resgates está a “chegar ao fim”, priorizando agora o abrigo, a alimentação e o apoio psicológico dos sobreviventes.
Ainda em relação às consequências do sismo, vários empreiteiros já foram detidos na Turquia devido à má qualidade de certas construções que se desmoronaram como um baralho de cartas.
Recorde-se que leis estritas sobre construção anti-sísmica vigoram em território turco desde o grande terramoto de 1999, em Izmit, que provocou cerca de 18 mil mortos. Os últimos dados apontam para que o abalo da semana passada tenha causado a morte de pelo menos 31 mil pessoas.
A RFI tentou ir mais longe e perceber como aconteceu este desastre. Sem apontar o dedo a ninguém, tentamos perceber como ocorre um sismo, o que o envolve e o que as pessoas devem fazer, não só na altura do abalo, mas sobretudo antes do fenómeno natural.
Susana Custódio, sismóloga da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do Instituto Dom Luiz, admitiu que a região onde ocorreu o sismo é uma zona de risco, ressalvando também que o risco zero não existe.
Susana Custódio, sismóloga portuguesa 14-02-2023
As operações de socorro prosseguem em várias zonas de sinistro e de notar que apesar das primeiras notícias positivas, o futebolista ganês Christian Atsu ainda estaria debaixo dos escombros.
Chegamos assim ao fim deste Magazine Ciência.
CIÊNCIA 14-02-2023 MM
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