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Ciência

Segurança alimentar deve vista com a mesma seriedade que a paz e segurança em África

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Reforçar a resiliência na nutrição e segurança alimentar no continente africano é o tema do ano da União Africana. A agricultura assume o principal papel para acabar com a fome e a má-nutrição no continente. Em entrevista à RFI, Josefa Sacko, comissária para a Economia Rural e Agricultura da União Africana sublinha a necessidade de “acelerar a transformação da agricultura" em África.

Josefa Sacko, comissária da União Africana para a Agricultura, Economia Rural, Economia Azul e Ambiente.
Josefa Sacko, comissária da União Africana para a Agricultura, Economia Rural, Economia Azul e Ambiente. © cortesia de Josefa Sacko
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Reforçar a resiliência na nutrição e segurança alimentar no continente africano: acelerar o sistema agro-alimentar, a saúde e a protecção social para o desenvolvimento do capital humano e sócio-económico, é o tema do ano da União Africana.

O continente tem grande potencial agrícola, mas continua a depender dos alimentos que importa. Por ano, a factura da importação de bens alimentares ronda os 45 mil milhões de dólares. Um preço demasiado elevado quando África possui 60% das terras cultiváveis do planeta.

De acordo com o Relatório da Organização de Meteorologia Mundial, publicado no final do ano passado, até 2030, 118 milhões de pessoas extremamente pobres no continente africano estarão expostas à seca, inundações e calor extremo. O aquecimento global do planeta e consequentemente o aumento da variabilidade do tempo e do clima perturba vidas e economias. Na África Subsaariana, as mudanças climáticas podem reduzir ainda mais o produto interno bruto em até 3%, até 2050.

A isto, somam-se ainda as feridas abertas deixadas pela pandemia da Covid-19.

Em entrevista à RFI, Josefa Sacko, comissária para a Economia Rural e Agricultura da Comissão da União Africana sublinha a necessidade de “acelerar a transformação da agricultura no continente para conseguirmos ter a auto-suficiência alimentar e nutricional”.

A comissária angolana alerta que é preciso que os estados olhem para esta questão com os mesmos olhos com que encaram a “paz e segurança no continente”. A falta de soberania e segurança alimentar no continente africano “também são formas de conflitos e formas de migração”, acrescenta.

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