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Ciência

Guiné-Bissau denuncia "Apartheid" na distribuição das vacinas

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As autoridades guineeses reforçaram esta terça feira, 7 de Dezembro, as medidas de segurança face à nova variante da Covid-19- Ómicron. Actualmente, a Guiné-Bissau apresenta uma baixa taxa de vacinação, levando a alta comissária para a Covid-19, Magda Robalo, a denunciar um "Apartheid" na distribuição das vacinas.

Guiné-Bissau denuncia um "Apartheid" na distribuição das vacinas que chegam ao continente africano.
Guiné-Bissau denuncia um "Apartheid" na distribuição das vacinas que chegam ao continente africano. © REUTERS/Luc Gnago/File Photo
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Os guineenses que queiram ter acesso aos locais públicos, como instituições do Estado, serão obrigados, a partir de hoje, a apresentar um cartão de vacinas. Nas ruas a polícia vai multiplicar as operações de segurança e nos aeroportos será reforçada a vigilância das pessoas que entram no país.

"A medida já tinha sido aprovada, mas só agora é que as autoridades puderam aplicá-la. (...) É a prova de que a pessoa está vacinada parcialmente ou completamente, dependendo do tipo de vacina que tomou", refere Magda Robalo 

As medidas inserem-se na resposta das autoridades face à nova variante Ómicron, garante a alta comissária da Guiné-Bissau para a Covid-19, Magda Robalo, excluindo para já o encerramento das fronteiras. 

"De momento não há disposições para encerramento de fronteiras, mas vamos manter uma vigilância activa nas fronteiras e centros de saúde para detectar qualquer início de surto e reagir atempadamente", explicou. 

Na Guiné -Bissau a população elegível para vacinação situa-se acima dos 18 anos, no entanto o país ainda precisa de mais vacinas para a imunizar a população. 

"Um terço, das 700 mil pessoas, já foi completamente vacinado e quase 50% desse grupo precisa de receber a segunda dose", lembra a alta comissária da Guiné-Bissau para a Covid-19. 

Magda Robalo denuncia um "Apartheid" na distribuição das vacinas que chegam ao continente africano, salientanto que é urgente uma nova ordem na saúde pública que acaba com a dependência do continente africano em relação aos países industrializados. 

"Os países europeus mobilizam-se para, depois de se terem servido, nos fornecerem vacinas, mas depois também se organizam para não reconhecerem as vacinas que nos tinham fornecido. (...) Precisamos de uma nova ordem na saúde pública, em que a liderança dos governantes africanos se deve fazer sentir, reforçar as nossas capacidades, as nossas infra-estruturas e apostarmos em fábricas de produção de vacinas para acabar com esta dependência”, alerta. 

O continente africano tem a mais baixa taxa de vacinação contra Covid-19 do mundo, entre os 50 países, apenas 6,6% da população está totalmente imunizada e 9,8% tomaram a primeira dose. 

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