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Irão: Milhares de pessoas na despedida a militares mortos em Damasco

Milhares de pessoas reuniram-se, esta sexta-feira, em Teerão, para prestar homenagem aos sete soldados iranianos mortos, na segunda-feira, no ataque atribuído a Israel a um complexo diplomático iraniano em Damasco, na Síria.

Milhares de pessoas na cerimónia de despedida e homenagem aos soldados mortos em Damasco, na segunda-feira. Teerão, Irão. 5 de Abril de 2024.
Milhares de pessoas na cerimónia de despedida e homenagem aos soldados mortos em Damasco, na segunda-feira. Teerão, Irão. 5 de Abril de 2024. AFP - ATTA KENARE
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Milhares de pessoas prestaram homenagem, hoje, na capital iraniana, aos sete soldados mortos no ataque de segunda-feira, atribuído a Israel, contra o Consulado do Irão na cidade síria de Damasco. 

O cortejo fúnebre ocorreu sem incidentes e coincidiu com o Dia de Al-Qods, que é comemorado na última sexta-feira do Ramadão em vários países em solidariedade com os palestinianos.

Os caixões dos sete elementos da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da república islâmica iraniana, foram colocados nos reboques de dois camiões que passaram no meio da multidão, antes de irem para as cidades de origem dos militares.

Durante a concentração, a única personalidade que tomou a palavra foi o general Hosein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, que reiterou a determinação de "punir" Israel pelo ataque em Damasco.

Além da concentração em Teerão, a televisão estatal transmitiu imagens de mais comícios organizados noutras cidades iranianas, nomeadamente Mashhad (nordeste), Qom (centro), Sanandaj e Shahrekord (oeste).

Já na terça-feira, o líder supremo do Irão, o “ayatollah” Ali Khamenei, prometeu punir Israel pelo ataque.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, o ataque aéreo deixou 16 mortos e foi o quinto atribuído a Israel no espaço de uma semana, na Síria, um país em guerra civil, cujo Presidente Bashar al-Assad é apoiado pelo Irão.

O ataque matou, nomeadamente, dois generais da Força Quds, a unidade de elite da Guarda Revolucionária, encarregue das operações exteriores: o general Mohammad Reza Zahedi e Mohammad Hadi Haji Rahimi. O Irão acusou Israel que não confirmou a sua responsabilidade.

Israel realizou centenas de ataques na vizinha Síria contra posições do governo sírio, grupos pró-iranianos e alvos militares iranianos desde o início da guerra no país em 2011. Os ataques aéreos aumentaram nos últimos meses, tendo como pano de fundo a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza e os confrontos contínuos com o Hezbollah na fronteira com o Líbano. Em Dezembro, outro ataque aéreo israelita num bairro de Damasco matou um conselheiro de longa data da Guarda Revolucionária na Síria, Seyed Razi Mousavi.

Em Janeiro, outro ataque num edifício em Damasco matou pelo menos cinco conselheiros iranianos. Na semana passada, ataques aéreos na província estratégica de Deir el-Zour, no leste da Síria, perto da fronteira com o Iraque, mataram outro conselheiro iraniano.

A acção de segunda-feira confirma uma escalada das ofensivas de Israel contra oficiais militares iranianos e os seus aliados na Síria.

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