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Papa Francisco pede cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza

Este domingo, na sua mensagem de Páscoa, o Papa Francisco renovou o seu apelo para que haja um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e pediu uma troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia. O líder da Igreja Católica elencou uma dezena de países em conflito, lembrou que “a guerra é sempre um absurdo e uma derrota” e pediu para “não se ceder à lógica das armas”.

Papa Francisco na Basílica de São Pedro, Vaticano. 31 de Março de 2024.
Papa Francisco na Basílica de São Pedro, Vaticano. 31 de Março de 2024. AFP - TIZIANA FABI
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É um dos homens mais ouvidos do mundo e renovou o seu apelo para que haja um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e para que se libertem os reféns israelitas. O líder da Igreja Católica pediu que seja garantido o acesso da ajuda humanitária ao território.

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Papa Francisco pediu um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza

Faço novamente um apelo para que seja garantido o acesso da ajuda humanitária a Gaza e insisto, uma vez mais, na pronta libertação dos reféns sequestrados a 7 de Outubro e num cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza”, declarou a partir da varanda central da Basílica de São Pedro, antes da bênção ‘Urbi et Orbi’ [à cidade (de Roma) e ao mundo].

O líder da Igreja Católica pediu um “caminho de paz” para as populações atingidas pela guerra na Ucrânia, apelou para que “sejam respeitados os princípios do direito internacional” e pediu uma troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia. “Espero que haja uma troca geral de todos os prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia: todos por todos”, declarou.

O sumo pontífice recordou as vítimas do terrorismo, incluindo as populações de Cabo Delgado, em Moçambique. Falou também no impacto da guerra “longa e devastadora” na Síria, da crise no Líbano e em Mianmar e da tensão entre a Arménia e o Azerbaijão. O Papa apelou, ainda, à solidariedade internacional com o Haiti, com os rohingyas, com as populações do Sudão, de toda a região do Sahel e da República Democrática do Congo.

O Papa Francisco lembrou que os conflitos “continuam a atingir a população civil, exausta, e, sobretudo, as crianças”. Ele disse que “a guerra é sempre um absurdo e uma derrota” e pediu para “não se ceder à lógica das armas”.

A guerra é sempre um absurdo e uma derrota. Não permitamos que ventos de guerra cada vez mais fortes soprem sobre a Europa e o Mediterrâneo. Não nos rendamos à lógica das armas e do rearmamento. A paz nunca é construída com armas, mas estendendo as nossas mãos e abrindo os nossos corações”, afirmou.

Além disso, lembrou “os migrantes e aqueles que estão a passar por dificuldades económicas”, assim como todos os que sofrem com “a violência, os conflitos, a insegurança alimentar e os efeitos das alterações climáticas”.

O Papa saudou, também, os passos “significativos” na região dos Balcãs Ocidentais para a “integração no projecto europeu”.

Aos 87 anos, o seu estado de saúde é seguido com atenção. Na sexta-feira, foi cancelada, à última hora, a sua participação numa cerimónia religiosa da Semana Santa para, segundo o Vaticano, “preservar a sua saúde” nomeadamente para a missa do domingo de Páscoa. Hoje, a cerimónia contou com a presença de dezenas de milhares de peregrinos.

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