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Ramadão

Período do ramadão inicia em contexto ensombrado pela guerra em Gaza

Ramadão começa esta noite e inicia um periodo de festividades e e momentos de jejum para os cerca de 2 mil milhões de muçulmanos no mundo. Este ano, o período mais sagrado para os fiéis do Islão está ensombrado pela guerra em Gaza. 

Mesquita de Al-Aqsa, na cidade de Jerusalem, Israel, a 7 sz Março de 2024.
Mesquita de Al-Aqsa, na cidade de Jerusalem, Israel, a 7 sz Março de 2024. © Ammar Awad / Reuters
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Ditou o calendário que o Ramadão comece este domingo 10 de Março, ao pôr do sol, o nono mês no calendário lunar islâmico. O Ramadão começa e acaba com o quarto-crescente, durando 29 ou 30 dias, e marca a data, em 610 AD, quando Deus (Allah) revelou o Corão – o livro sagrado, ao profeta Maomé.

Mais conhecido no mundo ocidental pelo período do jejum de sol a sol (Sawm em árabe), o Ramadão é muito mais do que isso – é um período festivo e de reflexão, com períodos de oração e um forte sentido de comunidade. É caracterizado por reuniões familiares e refeições festivas no fim de cada dia de jejum, pela solidariedade e pelo reatar dos laços entre a comunidade muçulmana em todo o mundo.

Todos os muçulmanos, sunitas ou xiitas, celebram com orgulho e esperança este mês sagrado, que é também um mês de regeneração.

O Ramadão este ano será inevitavelmente marcado por uma das piores tragédias do mundo contemporâneo, que afeta os cerca de 2 milhões de muçulmanos palestinianos que estão bloqueados em Gaza.

Antecipando a sensibilidade do calendário, países coimo o Egito, o Qatar e os EUA tentaram negociar com Israel e o Hamas um acordo de cessar-fogo temporário durante o Ramadão, que permitisse aliviar o sofrimento da população de Gaza durante este período sagrado – um sinal de esperança e solidariedade para os muçulmanos no mundo inteiro. Infelizmente, esses esforços esbarram na intransigência de Benjamin Netahyahu e do Hamas, e a guerra continua.

Olhos virados para al-Aqsa

Agora todas as atenções de viram para Haram al-Sharif, ou al-Aqsa, a enorme mesquita com a cúpula dourada que se ergue mesmo em cima do Muro das Lamentações, no coração de Jerusalém, considerado o terceiro sítio mais sagrado do Islão, e que recebe a vista de dezenas de milhares de fiéis, sobretudo durante o Ramadão. O local tem sido sempre um foco de tensão, já que é ao mesmo tempo sagrado para os muçulmanos e para os judeus, que lhe chamam o Monte do Templo.

A segurança do local é feita pela polícia e exército israelitas, e o acesso ao local reflete a complexidade do conflito israelo-palestiniano. A política habitual tem sido deixar entrar todos os muçulmanos com passaporte israelita, mulheres e crianças da Cisjordânia, e palestinianos acima dos 50 anos, mas interditar a entrada a palestinianos homens com menos de 50 anos, a menos que tenham uma autorização especial. Os judeus entram no complexo a horas separadas, mas não podem orar ou celebrar serviços religiosos no Monte do Templo.

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