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Egipto/Israel/Gaza

Egipto negoceia com o Hamas após Israel rejeitar primeira proposta de cessar-fogo

Os esforços diplomáticos de vários dias para conseguir um cessar-fogo na Faixa de Gaza, liderados pelos Estados Unidos, terminaram com uma rejeição por parte de Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu recusou as condições impostas pelo Hamas para um acordo de trégua de 135 dias para a libertação de 136 reféns e 1500 prisioneiros palestinianos. Uma delegação do Hamas viaja esta quinta-feira para o Cairo para negociações com o Egipto e o Qatar com vista a um cessar-fogo em Gaza.

Palestinianos em Rafah, na Faixa de Gaza.
Palestinianos em Rafah, na Faixa de Gaza. © AFP - MOHAMMED ABED
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Uma delegação do Hamas, chefiada pelo seu líder máximo, Ismail Haniyeh, está hoje em viagem para o Cairo para discutir um novo acordo de cessar-fogo com os serviços secretos do Egipto e com representantes do Qatar.

A nova proposta deverá ser comunicada a Israel depois do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu ter categoricamente rejeitado, ontem, uma oferta do Hamas que previa 135 dias de cessar fogo.

A proposta do Hamas recusada por Israel previa a libertação de reféns israelitas menores, idosos e mulheres civis e, por outro lado, exigia que Israel libertasse 1500 prisioneiros palestinianos de prisões israelitas.

Entretanto, não há sinais de abrandamento da parte de Israel na estratégia de total liquidação do Hamas. No seu discurso de rejeição da última proposta palestiniana de cessar-fogo, Benjamin Netanyahu afirmou que se o Hamas sobreviver, será apenas uma questão de tempo até ao próximo massacre - referindo-se ao ataque do Hamas no sul de Israel que matou 1300 pessoas a 7 de Outubro.

Entretanto, Israel continua a bombardear Gaza. Um novo ataque esta manhã, em Rafah, matou 11 palestinianos. Rafah é uma cidade do sul do enclave, na fronteira com o Egipto, onde um milhão de palestinianos, metade da população de Gaza, está actualmente sitiada - depois ter fugido a bombardeamentos mais intensos a norte.

Cercados por mar, forças militares israelitas e pela fronteira com Egipto que, tudo indica, continuará fechada, não há final à vista para esta guerra que começou há já quatro meses e meio e que, de acordo com o Hamas, matou já 27 mil palestinianos.

Ouça aqui o relato de Pedro Costa Gomes, o nosso correspondente.

01:49

Correspondência do Egipto 08-02-2024

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