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Israel/Hamas

Novos bombardeamentos na Faixa de Gaza fazem cerca de 80 mortos

Os combates continuam na Faixa de Gaza, mais de três meses depois do início da guerra entre o Hamas e Israel. Esta sexta-feira, cerca de 80 pessoas morreram, na sequência de bombardeamentos israelitas, sobretudo no sul do território.

Fumo sobre Khan Younes, no sul da Faixa de Gaza. 18 de Janeiro de 2023.
Fumo sobre Khan Younes, no sul da Faixa de Gaza. 18 de Janeiro de 2023. AFP - -
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Nas últimas horas, o epicentro da guerra na Faixa de Gaza tem sido a cidade de Khan Younes, no sul do território. De acordo com o Hamas, 77 palestinianos morreram nos bombardeamentos israelitas às primeiras horas desta sexta-feira, nomeadamente em Khan Younès. O exército israelita deu conta, também, de combates e bombardeamentos no norte de Gaza, enquanto o Hamas relatou combates no campo de refugiados de Jabaliya e na cidade de Gaza.

Os bombardeamentos incessantes na Faixa de Gaza levaram 80% da população a fugir para o extremo sul do território. Os ataques arrasaram bairros inteiros, destruíram mais de metade dos hospitais do território e causaram uma grande crise humanitária. O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, falou em “condições de vida desumanas” em Gaza.

Tanto é que “não existe possibilidade de os palestinianos fugirem para lado nenhum”, como sublinha a investigadora Diana Soller“Eu acredito que Israel tem, de facto, responsabilidades, não tem o direito de disparar sobre tudo o que mexe, mas está numa situação muito complicada porque está a actuar numa zona densamente populacional onde não existe possibilidade - isto é uma coisa completamente nova nos conflitos – de os palestinianos fugirem para lado nenhum. Quer dizer, nós nunca vimos isto, não há nenhuma guerra que não tenha refugiados de guerra. Mesmo guerras contra o terrorismo, as pessoas podiam fugir. Aqui não podem.”

Porém, a investigadora portuguesa alerta que há “um actor desestabilizador que é o Irão que está relacionado com todos os conflitos que estão a despontar à volta do Médio Oriente e, no fundo, estamos com os nossos olhos postos em Israel, como se nada mais estivesse a acontecer e a repetir acriticamente aquilo que o Hamas relata".

O conflito de Gaza tornou-se numa guerra regional. Esta sexta-feira, os hutis reivindicaram novo ataque contra um petroleiro americano, um dia depois de os Estados Unidos terem realizado o quarto bombardeamento de posições hutis no Iémen. Também esta semana, o Paquistão atacou alvos no Irão, depois de Teerão ter atingido alvos na Síria, no Iraque e no Paquistão.

Na Faixa de Gaza, o Hamas fala em 24.620 mortos desde 8 de Outubro, na sua maioria crianças e mulheres, e 61.830 feridos. A guerra foi provocada pelo ataque do Hamas, a 7 de Outubro, no sul de Israel, que fez 1140 mortos, na maioria civis.

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