Início do Fórum de Davos com paz, segurança e inteligência artificial na ementa
Como todos os anos, decorre desde hoje e durante toda a semana uma nova edição do Fórum económico de Davos. Na ementa das conversações dos mais de 800 empresários e dos cerca de 60 chefes de Estado e de governo presentes no evento, estão designadamente o impacto da inteligência artificial assim como a segurança e cooperação.
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Durante uma semana, até ao dia 19 de Janeiro, a pequena localidade de Davos é o pulmão económico do mundo e um fórum de reflexão sobre os assuntos que dizem respeito ao mundo das empresas mas não só.
Depois de uma participação à distância no ano passado, o Presidente ucraniano marca presença neste evento onde deveria discursar amanhã, na ausência pelo segundo ano consecutivo da Rússia. Trata-se para Zelensky de defender o seu plano de paz, numa altura em que os seus aliados ocidentais têm estado a dar sinais de cansaço perante o conflito vigente entre Kiev e Moscovo há quase dois anos.
Segundo o governo helvético, este conflito e outros deveriam estar na agenda das discussões de Davos, sendo que outros assuntos -estes de cariz mais económico-, estão em cima da mesa, nomeadamente a inteligência artificial.
Neste sentido, o FMI acaba de publicar um relatório dando conta da "fantástica oportunidade" que isto representa para o crescimento mundial, sem contudo ocultar que esta tecnologia poderia ter consequências sobre 60% dos empregos das economias avançadas e que também poderia contribuir para piorar o desempenho dos países mais vulneráveis.
Noutro aspecto e como todos os anos, a Oxfam publicou por ocasião do Fórum o aumento do fosso entre os mais ricos e os pobres. Intitulado "multinacionais e desigualdades múltiplas", este documento refere que as cinco maiores fortunas mundiais, entre as quais figuram nomeadamente o dirigente da Amazon, Jeff Bezos, e o gigante francês do luxo, Bernard Arnault, duplicaram o seu património entre 2020 e 2023, passando de um total de 405 mil milhões de Dólares para 869 mil milhões.
Ao denunciar a "guerra fiscal constante e muito eficaz" dos grandes grupos, a Oxfam também não deixou de apelar a mais equilíbrio em termos de política fiscal, nomeadamente com a instauração de um imposto sobre as maiores fortunas que, segundo as suas estimativas permitiria angariar 1.800 mil milhões de Dólares por ano.
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