Mais de cem mortos em dupla explosão no Irão

O ataque aconteceu durante a cerimónia que assinalou o quarto aniversário da morte do general Qassem Soleimani. O Chefe da Força de elite da Guarda Revolucionária iraniana morreu num ataque dos Estados Unidos em 2020. Esta quinta-feira, o Irão cumpre um dia de luto nacional.

Um homem ferido recebe ajuda depois de duas explosões sucessivas terem atingido uma multidão que assinalava o aniversário do assassinato, em 2020, do general Qassem Soleimani, perto da mesquita Saheb al-Zaman, na cidade de Kerman, no sul do Irão, em 3 de janeiro de 2024. AFP - -

Pelo menos 103 mortos e 141 ferido, alguns e estado crítico. Este é o último balanço do atentado que aconteceu perto da mesquita onde se encontra o túmulo do general Qassem Soleimani, em Kerman, no sul do Irão.

Uma multidão que incluía representantes do regime e pessoas anónimas reuniu-se junto ao túmulo para assinalar os quatro anos da morte do general que foi uma peça-chave do regime iraniano e também uma das figuras públicas mais populares do país.

Até agora, ninguém reivindicou o ataque descrito como um ato "terrorista" pelo vice-governador da província de Kerman.

De acordo com as agências de notícias locais, as explosões, que aconteceram com dez minutos de intervalo, foram provocadas por "bombas escondidas em dois sacos e foram activadas por controlo remoto"

Qassem Soleimani foi morto em Janeiro de 2020, aos 62 anos, num ataque de um drone americano no Iraque. Era conhecido como o arquitecto das operações militares do Irão no Médio Oriente, uma Figura-chave do regime iraniano e uma das figuras públicas mais populares do país. Foi declarado um "mártir vivo" pelo líder supremo do Irão e considerado um herói pelo papel na derrota do grupo Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

O ataque desta quarta-feira acontece um dia depois de o número dois do Hamas e aliado do governo iraniano ter sido morto num ataque no Líbano.