Claudine Gay demite-se do cargo de presidente de Harvard
Claudine Gay renunciou ao cargo esta terça-feira, depois de acusações de plágio e de críticas em relação ao depoimento que fez no Congresso sobre o anti-semitismo na universidade. Foi a primeira mulher negra a ocupar o cargo de reitora nesta prestigiada intituição norte-americana.
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A polémica à volta de Claudine Gay começou em Dezembro, com as respostas que deu no Congresso a uma deputada republicana que comparou os apelos de alguns estudantes de Harvard a “um genocídio contra os judeus em Israel e no mundo”.Apesar de mais de 70 congressistas terem exigido a sua saída, Gay conseguiu o apoio da comunidade educativa e manteve o cargo.
Depois de anunciar a demissão, divulgou um comunicado no qual disse que foi "angustiante ver dúvidas a ser levantadas sobre o seu compromisso em enfrentar o ódio e defender o rigor académico". Acrescentou que a decisão, que não foi fácil, vai permitir a Harvard "focar-se na instituição".
Às críticas sobre o depoimento no congresso sobre as falhas na gestão de casos de anti-semitismo na universidade, juntaram-se acusações de plágio em alguns dos seus trabalhos universitários. As acusações mais recentes foram publicadas ontem, de forma anónima, num site conservador.
A direcção da Universidade de Harvard aceitou o pedido de demissão e destacou a "notável resiliência face aos ataques contínuos e profundamente pessoais".
Claudine Gay tem 53 anos e é professora de Ciência Política. O adeus a Harvard acontece após seis meses de presidência, a mais curta nos quase 400 anos de história da universidade. Foi a primeira pessoa negra e a segunda mulher a liderar uma das mais prestigiadas universidades do mundo.
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