Dois meses depois do início da guerra, forças israelitas apertam cerco ao chefe do Hamas

Faixa de Gaza – Volvidos dois meses, prosseguiram esta quinta-feira 7 de Dezembro, renhidos combates na Faixa de Gaza, entre o Hamas e o exército israelita que conquistou a grande cidade de Khan Younès, em perseguição de Yahya Sinouar, que considera o cérebro do sangrento ataque de 7 de Outubro.

Vista do norte de Gaza, quinta-feira 7 de Dezembro de 2023. AP - Leo Correa

A partir do fim da trégua na sexta-feira 1 de Dezembro, o exército israelita passou a orientar a sua ofensiva para a metade sul do territorio, confinando a população civil a um perimetro cada vez mais exiguo em Rafah, ao longo da fronteira egipcia.

Por seu turno, o SG das Nações Unidas Antonio Guterres, avisou para “a breve derrocada total da ordem publica tendo em conta as condições desesperadas” com que a população se vê confrontada em Gaza, numa carta inédita, dirigida ao Conselho de Segurança.

Antonio Guterres invoca pela primeira vez desde a sua chegada à liderança da ONU o artigo 99 da Carta, que lhe permite “chamar a atenção“ sobre um assunto que “pode colocar em perigo a manutenção da paz e da segurança internacionais”.

Cerca de 16 250 palestinianos, 70% dos quais mulheres e crianças, foram mortos nos ataques israelitas a Gaza desde 7 de Outubro, segundo o governo do Hamas. O numero de feridos eleva-se para mais de 42 000 Palestinianos, ao passo que do lado israelita 1 200 pessoas foram mortas.

Segundo noticia divulgada pela agência de notícias “The Associated Press”, terça-feira 5 de Dezembro o “State Department” - ministério americano dos Negocios Estrangeiros - anunciou, num raro gesto punitivo, que iria impor proibições de viagem a colonos Judeus extremistas implicados numa série de ataques recentes contra Palestinianos na Cisjordânia ocupada.

De acordo com a mesma fonte, Antony Blinken, Ministro Americano dos Negócios Estrangeiros, anunciou essas medidas depois de ter alertado Israel que a administração do Presidente Joe Biden iria tomar medidas em relação a esses ataques, embora não tenham sido anunciadas quaisquer restrições individuais.

A decisão ocorre num momento delicado das relações entre Israel e os Estados Unidos. A Administração Biden apoiou sem reservas Israel desde o ataque do Hamas  a 7 de Outubro, mesmo à revelia do crescente criticismo internacional.

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Gaza - 2 meses após ataques do Hamas, 07/12/2023