Estados Unidos tentam prolongar trégua na Faixa de Gaza

Após os ataques de Israel que visaram a Faixa de Gaza e terão feito cerca de 100 mortos após o fim do cessar-fogo, os Estados Unidos, em parceria com o Qatar e o Egipto, estão a tentar prolongar as tréguas entre Israel e o Hamas.

Habitantes fazem buscas após um ataque a Khan Younès, na Faixa de Gaza. REUTERS - STAFF

Após a retoma dos bombardeamentos esta manhã na Faixa de Gaza por parte de Israel, a Casa Branca veio dizer que continua "a trabalhar na trégua humanitária em Gaza". Os norte-americanos, em parceria com o Qatar e o Egipto têm estado a mediar a situação no Médio Oriente e garantem que cabe agora ao Hamas apresentar uma lista sobre todos os reféns feitos no ataque de 7 de Outubro que ainda estão na Faixa de Gaza.

Já o Hamas, que lidera a Faixa de Gaza desde 2007, diz que os ataques desta manhã terão feito mais de 100 mortos, com jornalistas da agência AFP a darem conta de dezenas de feridos que chegam aos hospitais já muito sobrecarregados e quase sem recursos da Faixa de Gaza. O Exército israelita afirma ter atingido mais de 200 alvos terroristas só nesta manhã.

Para António Guterres, secretário-geral da ONU, a situação é "catastrófica", com esta organização a temer que Israel queira ampliar as operações militares na Faixa de Gaza. Os israelitas disseram esta manhã que ao recusarem libertar todas as mulheres detidas, o Hamas ia sentir a fúria do país.

Obedecendo a um pedido dos Estados Unidos da América, o exército publicou na sexta-feira um mapa de zonas de evacuação com os locais onde os civis podem abrigar-se dos combates e bombardeamentos israelitas. Para além das redes sociais, este mapa está a ser difundido através de SMS aos habitantes de Gaza.

Nesta madrugada, o jornal New York Times publicou um artigo em que dá conta que Israel saberia há um ano da possibilidade de um ataque do Hamas, tendo tido acesso ao plano detalhado do que o grupo terrorista queria fazer. No entanto, as autoridades israelitas consideraram que este plano seria demasiado difícil de executar pelo Hamas.