COP28: Papa Francisco anula viagem ao Dubai

O Papa Francisco anulou esta terça-feira, 28 de Novembro, a deslocação ao Dubai para participar na COP28, conferência do Clima organizada pelas Nações Unidas, que se realiza entre os dias 30 de Novembro e 2 de Dezembro. O líder da Igreja Católica volta a adiar compromissos devido a problemas de saúde, mas o Vaticano já veio dizer que, ainda assim, Francisco pretende marcar presença nos debates, as modalidades devem ser definidas em breve.

O Papa Francisco anulou ontem à noite a deslocação ao Dubai para participar na COP28, conferência do Clima organizada pelas Nações Unidas, que se realiza entre os dias 30 de Novembro e 2 de Dezembro. O líder da Igreja Católica volta a adiar compromissos devido a problemas de saúde, mas o Vaticano já veio dizer que, ainda assim, Francisco pretende marcar presença nos debates, as modalidades devem ser definidas em breve. AP - Andrew Medichini

O Vaticano avançou que apesar do estado de saúde do Sumo Pontífice ter registado melhoras, nos últimos dias, os médicos pediram ao Papa Francisco para anular a viagem ao Dubai.

“Embora o estado geral de saúde do Santo Padre tenha melhorado, em relação aos sintomas de gripe e inflamação das vias respiratórias, os médicos pediram ao Papa para anular a viagem prevista nos próximos dias a Dubai”, anunciou o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni em comunicado à imprensa.

Aos 86 anos, Francisco, que fez da protecção ambiental a pedra angular dos dez anos de pontificado, pretendia tornar-se no primeiro Papa a assistir a uma conferência do clima desde 1995.

Todavia, o Vaticano assegurou que o Papa ainda pretende marcar presença nas discussões no Dubai e que as modalidades desta participação serão definidas em breve.

No Dubai, esperava-se que o líder da Igreja Católica destacasse a falta de acção em relação às alterações climáticas e procurasse persuadir os países a reduzir significativamente as emissões de gases com efeito de estufa. Esperava-se igualmente que desempenhasse um papel na reconstrução da confiança entre as nações vulneráveis ​​às alterações climáticas e os países mais ricos e poluidores.

As Nações Unidas têm vindo a insistir na necessidade de adopção imediata de "medidas urgentes" para impedir um maior aquecimento global, quando o planeta caminha para os 2,9ºC de aquecimento.

Para impedir um aumento de 3°C das temperaturas no final do século, todos os países terão de reduzir emissões muito para além das promessas actuais, cortando 42% das emissões até 2030 se quiserem não ultrapassar os 1,5°C, uma meta assumida em 2015 no Acordo de Paris sobre redução de emissões, indica um relatório da ONU.