Presidente francês em périplo pelo Médio Oriente

Cairo, Egipto – O presidente francês, Emmanuel Macron, avistou-se no Cairo, nesta quarta-feira, 25 de Outubro, com o seu homólogo egípcio, Abdel Fattah al Sissi. O chefe de Estado da França tinha, nesse mesmo dia, com o rei da Jordânia, em Amã, Abdallah II.

Presidente francês, Emmanuel Macron, recebido no Cairo pelo seu homólogo Abdel Fattah al Sissi a 25 de Outubro de 2023. AFP - CHRISTOPHE ENA

Emmanuel Macron efectuou estas etapas na Jordânia e no Egipto após uma deslocação a Israel e à Cisjordânia, na véspera, onde se avistou com as autoridades israelitas e palestinianas.

E isto em plena escalada da violência no Médio Oriente, após os ataques terroristas do Hamas contra Israel a 7 de Outubro e a consequente retaliação do Estado hebreu que prepara uma ofensiva terrestre contra a faixa de Gaza.

Sectores palestinianos protagonizaram protestos nesta terça-feira contra Emmanuel Macron por este, na sua conferência de imprensa com o primeiro-ministro israelita Benjamin Nethanyahu, ter advogado a criação de uma coligação internacional para lutar contra o Hamas.

Um movimento tido como terrorista por países como a França ou organizações como a União Europeia. O Hamas administra a faixa de Gaza desde 2007 e protagonizou ataques terroristas contra Israel a 7 de Outubro.

Em conferência de imprensa, depois do encontro com o presidente egípcio Abdel Fattah al Sissi, Emmanuel  Macron enfatizou a necessidade de se criar uma coligação internacional para lutar contra o Hamas: 

A resposta certa é a cooperação. Temos que nos basear na coligação internacional contra [o grupo terrorista] Daesh, na qual estamos envolvidos há vários anos, e temos que aplicar as soluções que se impõem contra os grupos terroristas que nos impactam. Isto implica uma cooperação internacional e regional, implica visar os terroristas com precisão, de forma a poupar as populações civis, cooperar no domínio dos sistemas de informações e adoptar múltiplas medidas para poder erradicá-los. É um trabalho que exige tempo e preparação e que supõe esforços contínuos. O Egipto e França sabem o que são as feridas causadas pelo terrorismo, e penso que este sector é extremamente importante.

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Emmanuel Macron no Egipto 25.10.23

O Egipto é um mediador incontornável entre palestinianos e israelitas, o país é também o único a ter um acesso terrestre à faixa de Gaza, para além de Israel.

É aliás pela fronteira de Rafah que têm começado a ser encaminhadas as primeiras colunas de ajuda humanitária a Gaza, embora muito insuficientes segundo as Nações Unidas que apelam ao estabelecimento de tréguas humanitárias.