Ucrânia assinalará aniversário da independência com presidente português
Kiev – O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, avista-se com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, nesta quinta-feira, em Kiev. A Ucrânia, invadida pela Rússia desde Fevereiro de 2022, assinala a 24 de Agosto a data da sua independência. O presidente da Lituânia, Gitanas Nausèda, participará, também, no evento.
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Portugal desde a invasão russa tem enviado por várias vezes à Ucrânia o seu chefe da diplomacia.
Também o primeiro-ministro e o presidente do parlamento já ali se deslocaram, em solidariedade com a Ucrânia, invadida pela Rússia em Fevereiro de 2022, e ainda a sofrer uma guerra com o vizinho hegemónico.
Trata-se da primeira vez que o chefe de Estado luso, Marcelo Rebelo de Sousa, se desloca a Kiev.
O presidente português chegou de comboio à capital ucraniana, na companhia do seu homólogo lituaniano, Gitanas Nausèda.
Marcelo Rebelo de Sousa participou na cimeira sobre a recuperação da península da Crimeia, ocupada pela Rússia desde 2014.
Volodymyr Zelensky reconhece que a tarefa será difícil mas reafirmou por essa ocasião que Kiev tem a certeza de que a Crimeia será reocupada pelos ucranianos.
No discurso de abertura da Cimeira da Plataforma da Crimeia , o presidente ucraniano disse que quando voltar a ser controlado por Kiev, aquele território voltará a fazer parte da economia global.
Nesse sentido, o chefe de Estado ucraniano anunciou um acordo com 15 companhias estrangeiras dispostas ao regresso imediato à Crimeia assim que seja reconquistada.
“Este é um documento aberto para outras empresas aderirem. Milhares de empresas ucranianas, europeias e globais irão para a Crimeia”, disse Zelensky, na tradução fornecida pela organização da Cimeira.
Zelensky diz ter também o compromisso nesse sentido da Organização Mundial do Turismo e do Conselho Mundial de Viagens e Turismo, “que representa mais de 200 empresas com um volume de negócios superior a 600 mil milhões de dólares"
O presidente ucraniano sublinha que um ano depois da ultima cimeira a Ucrânia já reconquistou muito terreno.
"A Ucrânia não comercializa territórios, porque a Ucrânia não comercializa pessoas”.
Na cimeira , tal como prometeu à chegada, o Presidente português usou o discurso para reafirmar o” sinal equívoco do não reconhecimento por parte de Portugal da tentativa de anexação ilegal e ocupação temporária pela Rússia da República Autónoma da Crimeia e da cidade de Sebastopol, bem como de outras regiões da Ucrânia, em linha com a declaração final do participantes desta cimeira”.
O Presidente português considera que “qualquer tentativa, subjectiva ou objectiva, de separar as duas questões representa não um apoio, não uma ajuda ao povo ucraniano, mas um ruído que é provocado desnecessariamente numa guerra e na recuperação da integridade do território”.
Marcelo Rebelo de Sousa instou a Rússia a retirar imediatamente todas as suas forças militares do território da Ucrânia.
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