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Jornalista do diário "La Jornada" assassinado no México

O México regista uma escalada de ataques contra jornalistas, alerta a organização Repórteres Sem Fronteiras. As autoridades mexicanas anunciaram este sábado, 8 de Julho, o assassínio de Luis Martín Sánchez , correspondente do diário La Jornada no estado de Nayarit, no norte do país.

La Jornada
La Jornada © La Jornada
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O corpo do jornalista mexicano Luis Martín Sánchez foi encontrado este sábado, três dias depois de ter desaparecido perto de Tepic, cidade onde morava, na costa do Oceano Pacífico. O corpo do jornalista tinha vestígios de violência e foram deixadas duas mensagens manuscritas, a marca do crime organizado. Luis Martín Sánchez era correspondente do grande jornal La Jornada em Nayarit, região marcada pela actuação de cartéis de drogas.

A região situa-se perto dos estados de Sinaloa, ao norte, e Jalisco, no sul, um corredor do Pacífico conhecido por ser uma rota de drogas. Recentemente, foram confirmadas ligações entre o poder e os cartéis: o  antigo procurador Edgar Veytia, também conhecido como El Diablo, está detido nos Estados Unidos por tráfico de drogas, e o antigo governador do estado Roberto Sandoval Castañeda está atrás das grades por corrupção.

O jornalista de 59 anos desapareceu esta semana. Na sexta-feira, a sua esposa, Cecilia López, alertou a polícia para o desaparecimento de Luis Martín Sánchez, descreve o jornal.

“Clima de insegurança atingiu nível preocupante”

Este é o terceiro correspondente do jornal La Jornada assassinado nos últimos anos. Miroslava Breach, no estado de Chihuahua, foi morto em Março de 2017, e Javier Valdez, no estado de Sinaloa, em Maio do mesmo ano.

Nos últimos meses, os ataques multiplicaram-se: no passado dia 23 de Maio, Marco Aurelio Ramírez Hernández, jornalista e antigo funcionário municipal, foi assassinado no estado de Puebla. A 11 de Maio, o jornalista Gerardo Torres Rentería foi morto a tiros no balneário de Acapulco, em Guerrero. A 12 de Fevereiro, o jornalista Abisaí Pérez Romero também foi assassinado em Tula, no estado de Hidalgo.

Segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras, “o clima de insegurança para os jornalistas no México atingiu um nível extremamente preocupante”. A organização pede investigações minuciosas e denuncia o uso do terror para intimidar jornalistas.

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