Eleições legislativas na Grécia: direita mantém favoritismo
Na Grécia os eleitores voltam às urnas neste domingo, trata-se da segunda eleição realizada em pouco mais de um mês. Kyriakos Mitsotakis, líder da direita e vencedor do pleito de 21 de Maio sem maioria absoluta, convocou eleições antecipadas com o objectivo de consolidar a maioria no Parlamento Helénico. O tema do naufrágio do navio que transportava centenas de migrantes dominou a campanha eleitoral.
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Cinco semanas após as eleições parlamentares, os cidadãos gregos voltam às urnas neste domingo para eleger um novo parlamento. Kyriakos Mitsotakis, líder do partido de direita “Nova Democracia” e vencedor do último pleito a 21 de Maio sem maioria absoluta, espera obter uma maioria confortável que lhe permita governar.
Tendo obtido um pouco mais de 40% dos votos e faltando apenas cinco cadeiras para obter a maioria absoluta, o primeiro-ministro cessante poderia ter governado em coabitação com outros partidos, mas preferiu convocar novas eleições. Isto deve-se à nova lei eleitoral, que prevê um escrutínio de forma semi-proporcional com um bónus de até 50 lugares no parlamento para o vencedor, que poderá beneficiar o partido de Mitsokavis.
Este novo sistema eleitoral concede um bónus entre 25 e 50 assentos ao partido vencedor, dependendo do seu desempenho, o que torna mais fácil para um partido conquistar mais do que os 151 assentos necessários no parlamento para formar um governo.
O partido de Mitsotakis mantém o favoritismo para este segundo escrutínio. O seu maior opositor é Alexis Tsipras, o líder de 48 anos do partido de esquerda Syriza, que foi primeiro-ministro de 2015 a 2019, durante uma das épocas mais turbulentas para a economia grega.
Tsipras obteve cerca de 20% dos votos, 20 pontos percentuais abaixo do seu rival, consolidando a incapacidade em reunir a sua antiga base eleitoral. Este factor deve-se à fragmentação das alianças mais à esquerda, principalmente compostas pelos dissidentes do Syriza.
Entre os dois escrutínios ocorreu a tragédia com uma embarcação de migrantes ao largo do Mediterrâneo. Com um histórico de políticas hostis à imigração, o partido do primeiro-ministro cessante foi amplamente criticado pela maneira que as autoridades lidaram com o resgate. Não obstante, estima-se que este assunto não surta um efeito significativo neste domingo.
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