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China/Estados Unidos

Blinken chega a Pequim para apaziguar as tensões bilaterais

O secretário de Estado norte-americano chegou este domingo, 18 de Junho, a Pequim, na tentativa de apaziguar as tensões bilaterais. Com esta deslocação, Antony Blinken torna-se também o mais alto funcionário dos Estados Unidos a visitar a China desde que o Presidente Joe Biden iniciou o mandato em 2021.

Os chefes da diplomacia da China, Qin Gang, e dos Estados Unidos, Anthony Blinken, reuniram-se este domingo, 18 de Junho, em Pequim, na China.
Os chefes da diplomacia da China, Qin Gang, e dos Estados Unidos, Anthony Blinken, reuniram-se este domingo, 18 de Junho, em Pequim, na China. REUTERS - LEAH MILLIS
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O Secretário de Estado norte-americano foi recebido pelo ministro chinês das Relações Exteriores. Qin Gang e Antony Blinken já tinham trocado críticas esta quarta-feira, durante uma conversa telefónica que constituiu o primeiro contacto bilateral de alto nível em meses, escreve a agência espanhola EFE.

Segundo a imprensa chinesa, durante a visita de dois dias a Pequim, o responsável pela diplomacia norte-americana vai abordar com as autoridades chinesas a "cooperação económica, o conflito Rússia-Ucrânia, a questão de Taiwan e os preparativos para as próximas reuniões de alto nível”.

Os Estados Unidos querem ainda cooperar com a China nas questões ambientais, numa altura em que o país atravessa uma onda de calor.

Amanhã, segunda-feira, Blinken terá novas conversações com Qin, bem como com o principal diplomata chinês, Wang Yi, e possivelmente com Xi Jinping,

Em declarações ao canal de televisão France 24, Danny Russel, um ex-alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA, reconhece que com esta visita a China espera evitar novas restrições americanas à tecnologia e qualquer novo apoio a Taiwan. Já os Estados Unidos desejam evitar qualquer incidente que possa levar a um confronto militar.

"A breve visita de Antony Blinken não vai resolver nenhum dos grandes problemas nas relações EUA-China, nem mesmo necessariamente os pequenos problemas, nem vai impedir nenhum dos lados de perseguir as suas agendas competitivas", disse Danny Russel.

O actual vice-presidente do Asia Society Policy Institute, em Nova Iorque, admite, porém, que esta visita "pode reacender um diálogo e enviar um sinal de que os dois países passaram de retórica de ódio na imprensa para um diálogo sóbrio, mesmo que seja à porta fechada".

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