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Ucrânia

Ucrânia: delegação africana chega a Kiev para missão de paz

Uma delegação africana chegou a Kiev, na Ucrânia, na manhã de sexta-feira (16) para uma missão de paz. Representada por sete países e quatro chefes de Estado do continente, a delegação se reunirá com o presidente ucraniano Zelensky na capital do país antes de se dirigir a Rússia para um encontro com Vladimir Putin em São Petersburgo.

Quatro chefes de Estado e de Governo africanos, incluindo o Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, que participam na missão de paz dos líderes africanos, reunidos num comboio entre Varsóvia e Kiev, a 15 de Junho de 2023.
Quatro chefes de Estado e de Governo africanos, incluindo o Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, que participam na missão de paz dos líderes africanos, reunidos num comboio entre Varsóvia e Kiev, a 15 de Junho de 2023. © REUTERS/GCIS
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Chegou hoje à capital ucraniana uma delegação africana para uma missão de paz. O comoriano Azali Assoumani, o senegalês Macky Sall, o zambiano Hakainde Hichilema e o sul-africano Cyril Ramaphosa, bem como representantes de outros três países chegaram em comboio especial proveniente da Polónia.

Esta viagem ocorre no momento em que a Ucrânia estaria a levar a cabo uma contra-ofensiva no leste do país e que a Rússia estaria a multiplicar o número de ataques aéreos nas demais regiões.

O corpo diplomático, que seria inicialmente composto por sete chefes de Estado, foi reduzido a quatro, devido a inúmeras ausências inesperadas. Entre ausentes, doentes e os que pressionavam pelo adiamento da missão, os sete países deverão estar representados. O egípcio Abdel Fattah al-Sissi deve ser representado pelo seu chefe de governo. Infectado pela COVID-19, o ugandês Yoweri Museveni enviou o seu ministro das Relações Exteriores, enquanto o congolês Denis Sassou-Nguesso, confirmou a sua presença por meio do ministro de Estado, Florent Tsiba

No programa está um encontro com o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, na capital do país. Os líderes deverão visitar a cidade de Bucha, no Oblast de Kiev, onde o exército russo foi acusado de cometer um massacre no ano passado, para participar de uma cerimónia em homenagem às vítimas enterradas no local.

De retorno à Kiev, os líderes puderam observar na Praça de São Miguel os restos de veículos militares russos destruídos durante as batalhas. Foi pouco após esta exposição que os veículos de informação locais relataram duas explosões, informação esta que foi confirmada pelo dirigente Vitali Klitschko, que alertou que mais mísseis estavam a ser direccionados para a capital.

O objectivo da missão é "promover a importância da paz e encorajar as partes a concordar com um processo de negociações conduzido pela diplomacia", de acordo com um documento apresentado. Entre as propostas da delegação africana podem estar medidas que prevêem contrapartidas de segurança mutuas para auxiliar a reduzir as tensões, segundo aponta a agência Reuters.

Essas medidas podem incluir a retirada das tropas russas e a remoção de armas nucleares tácticas da Bielorrússia, como preconiza o plano de paz ucraniano, mas também a suspensão da implementação de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional contra Putin e o alívio das sanções, a pedido de Moscovo.

Um acordo de cessação das hostilidades poderia seguir e precisaria ser acompanhado por negociações entre a Rússia e o Ocidente.

No início da noite desta sexta-feira, a delegação africana deve partir de Kiev com destino a São Petersburgo, na Rússia, para a segunda etapa desta missão com o presidente Vladimir Putin.

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