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Estados Unidos

Estados Unidos: Senado aprova aumento do tecto da dívida

O Senado dos Estados Unidos aprovou na noite de quinta-feira (1) o aumento do tecto da dívida norte-americana. Com 63 votos a favor e 36 contra, a medida urgente suspende o tecto da dívida durante os próximos dois anos, até depois das eleições presidenciais de Novembro de 2024.

Na quinta-feira, os Estados Unidos suspenderam o teto de sua dívida e evitaram a ameaça de inadimplência por apenas alguns dias.
Na quinta-feira, os Estados Unidos suspenderam o teto de sua dívida e evitaram a ameaça de inadimplência por apenas alguns dias. AP
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Este projecto de lei foi aprovado um dia depois de a câmara baixa, controlada pela oposição, ter dado luz verde a quatro dias antes do prazo estabelecido pelo Departamento do Tesouro para que a maior economia do mundo entrasse numa fase de incumprimento da dívida do país, com data marcada para 5 de Junho.

Com 63 votos a favor e 36 contra, a medida urgente suspende o tecto da dívida durante os próximos dois anos, até depois das eleições presidenciais de Novembro de 2024. Esta votação encerra uma longa corrida contra o tempo que ameaçava não somente a economia norte-americana, mas como a estabilidade dos mercados mundiais.

O projecto foi aprovado com o apoio de 44 democratas e 17 republicanos, além de dois independentes. 31 republicanos se opuseram, incluindo um membro da liderança do partido na câmara, John Barrasso. Entre os quatro democratas que votaram contra estavam os senadores Bernie Sanders, John Fetterman e Elizabeth Warren.

A dívida dos Estados Unidos ultrapassou a barreira dos 31,4 biliões de dólares, sendo assim a maior do mundo. Enquanto a oposição defendia maioritariamente a aprovação do texto de lei, a oposição por sua vez tinha por intenção travar a expansão desenfreada do aumento da dívida do país. Estas divergências entre as duas forças políticas atrasaram a aprovação da medida. Democratas e Republicanos queriam impor condições por forma a evitar, de um lado, o colapso da economia norte-americana, e por outro lado a onda de gastos astronómicos promovida pela administração Biden.

Com os republicanos no controlo da câmara baixa do Congresso e os democratas dominando o Senado e a Casa Branca, a possibilidade de um acordo começava a ser descartada até que Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, assinaram um acordo no fim-de-semana passado.

Os senadores propuseram inicialmente 11 emendas ao projecto de lei do tecto da dívida, mas todas foram rejeitadas, facilitando a votação final. Caso uma das emendas tivesse sido aprovada, o projecto teria de ser enviado de volta à Câmara na sua totalidade, deixando pouco tempo para garantir a aprovação final da medida antes que Washington entrasse numa fase de descontrolo fiscal.

Joe Biden celebra o acordo e deve promulgar a lei

O presidente norte-americano não escondeu a satisfação quanto à aprovação desta medida. "Ainda temos muito trabalho pela frente, mas este acordo é um passo em frente fundamental e recorda-nos o que é possível fazer quando agimos no melhor interesse do nosso país", afirmou. Em um comunicado à imprensa, Biden saudou esta "grande vitória para a economia americana" e indicou que pretende fazer um discurso à Nação na sexta-feira.

Biden deve promulgar o texto de lei o quanto antes.

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