Rússia bombardeia Dnipro e Ucrânia atira contra Belgorod pelo 5° dia consecutivo
A Ucrânia foi novamente visada por bombardeamentos, nomeadamente a capital mas igualmente Dnipro, no leste, onde as autoridades locais dão conta de pelo menos um morto. Por outro lado, pelo quinto dia consecutivo, na Rússia, a zona fronteiriça de Belgorod foi alvo de bombardeamentos que, segundo fontes locais, não provocaram vítimas.
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Na sua comunicação quotidiana, o Presidente Zelensky informou que esta noite bombardeamentos russos visaram Dnipro, no leste, onde uma clínica foi atingida, com um balanço de pelo menos um morto e 15 feridos, o chefe de Estado Ucraniano qualificando a ocorrência de «crime contra a Humanidade».
A autarquia de Kiev, a capital, também deu conta de novos bombardeamentos russos pela 13ª vez desde o começo deste mês. As autoridades ucranianas contabilizaram ao todo 55 ataques aéreos russos em todo o território na noite passada.
Do lado russo e pelo quinto dia consecutivo, a zona fronteiriça de Belgorod foi alvo de tiros de artilharia, o governador local não mencionando vitimas, apenas danos materiais.
Estes bombardeamentos acontecem numa altura em que a Ucrânia refere estar a preparar uma vasta contra-ofensiva com o apoio logístico dos seus aliados ocidentais.
Paralelamente, ontem à margem de uma cimeira regional em Moscovo, o Presidente da Bielorrússia anunciou ontem que o seu homólogo russo tinha assinado o decreto permitindo a transferência de armas nucleares russas para a vizinha e aliada Bielorrússia.
«A transferência das cargas nucleares já começou» disse o Presidente Lukachenco que todavia admitiu não saber se as referidas armas já se encontravam no seu país.
Anunciada em Março pelo Presidente Vladimir Putin, a confirmar-se, esta transferência de armas nucleares do seu país fora das suas fronteiras, seria algo inédito desde a queda do bloco soviético em 1991.
Reagindo a este anúncio, os Estados Unidos condenaram ontem esta decisão. O departamento de Estado informou todavia que não via a necessidade de reajustar a sua postura nuclear por considerar que não há indícios de que Moscovo tenciona recorrer à arma atómica.
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