Eleições na Grécia abrem portas a provável impasse político
Cerca de 10 milhões de gregos foram chamados às urnas este 21 de Maio. As sondagens indicam resultados apertados entre o actual Primeiro-Ministro conservador Kyriakos Mitsotakis e o ex-Primeiro Ministro de esquerda Alexis Tsipras e se nenhuma maioria absoluta for alcançada, a população pode regressar às urnas em Julho.
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Os observadores apontam para vários cenários possíveis mas o mais provável é o de um impasse político.
O atual primeiro-ministro conservador, Kyriakos Mitsotakis, está em vantagem nas sondagens mas terá que alcançar uma maioria absoluta para continuar no poder. O seu principal rival é o ex-primeiro ministro de esquerda Alexis Tsipras, do partido Syriza.
Os resultados definitivos devem ser conhecidos até segunda-feira 22 de Maio de manhã e anunciam-se apertados. Se nenhuma maioria absoluta for alcançada, o partido que estiver à frente terá três dias para formar uma coligação. Caso não seja possível, o partido que ficou em segundo lugar terá a mesma possibilidade e assim sucessivamente até ao terceiro partido.
Se nenhum dos três primeiros partidos obtiver a maioria absoluta, terão três dias para formar uma coligação. Se nenhum partido conseguir criar uma coligação, um governo provisório será então criado para serem realizadas novas eleições.
Política de austeridade e deterioração dos serviços públicos
O balanço económico do Primeiro-Ministro cessante é positivo segundo o FMI e a União Europeia. Mas a população grega tem denunciado a política de austeridade do partido conservador no poder, a inflação e, sobretudo, a deterioração dos serviços públicos.
Em Fevereiro 2023, o maior desastre ferroviário do país matou 57 pessoas e os gregos desceram às ruas em protestos de massa contra o sistema político e os seus dirigentes.
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