Repórteres Sem Fronteiras alerta para a desinformação
O último relatório da Repórteres Sem Fronteiras revela esta quarta-feira, 3 de Maio, que o Senegal e a Tunísia foram os países que mais recuaram no índice da liberdade de imprensa. Na edição de 2023, a organização destaca particularmente os efeitos da desinformação, com a Noruega a ser o país melhor colocado no ranking e a Coreia do Norte a ocupar a última posição.
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Propaganda política, manipulação económica e conteúdos falsos, criados pela inteligência artificial. O efeito da desinformação é a grande ameaça à liberdade de imprensa em todo o mundo, reconhece a organização Repórteres Sem Fronteiras no último relatório.
A organização sublinha que a Noruega continua a ocupar o primeiro lugar do ranking, pelo sétimo ano consecutivo, destacando, porém, que a Irlanda subiu para a segunda posição, passando à frente da Dinamarca que desceu para o terceiro lugar.
No outro extremo da tabela também há mudanças, com os últimos três lugares a serem ocupados exclusivamente por países asiáticos: O Vietname a China e, sem grande surpresa, a Coreia do Norte ocupa a última posição.
#RSFIndex : RSF dévoile son Classement mondial de la liberté de la presse 2022
1: Norvège🇳🇴
2: Danemark🇩🇰
3: Suède🇸🇪
16: Allemagne🇩🇪
26: France🇫🇷
42: USA🇺🇸
58: Italie🇮🇹
71: Japon🇯🇵
134: Algérie🇩🇿
178: Iran🇮🇷
179: Érythrée🇪🇷
180: Corée du Nord🇰🇵https://t.co/pB2IcDWS0A pic.twitter.com/8X2RAauh4O
— RSF en français (@RSF_fr) May 3, 2022
Senegal e a Tunísia: os países que mais recuaram
No Senegal, onde a possibilidade de um terceiro mandato do Presidente Macky Sall suscita oposição, a Repórteres sem Fronteiras denuncia "a acentuada deterioração das condições de segurança dos jornalistas". O Senegal que foi até aqui um "modelo regional até recentemente".
Nesta 21° edição, a ONG denuncia “o crescente autoritarismo do Presidente da Tunísia e da incapacidade de Kais Saied tolerar as críticas da comunicação social”. A Tunísia que ocupa a 121.ª posição, desceu 27 lugares.
Cabo Verde e Angola perdem posições
Cabo Verde e Angola desceram de posição no índice da liberdade de imprensa. Cabo Verde ocupa agora na 33.ª e Angola, que perdeu 26 lugares, ocupando a 125.ª posição.
A Guiné-Bissau também subiu para a 78.ª posição e Moçambique subiu quatro lugares, estando 102.º lugar. A Guiné Equatorial regista a maior subida dos lusófonos, ocupando agora 120.º lugar.
Portugal passou a liderar o grupo de 44 países com “uma situação satisfatória”. No ano passado, ocupava o 7.º lugar e estava no grupo de oito países com uma “situação muito boa”.
De acordo com a edição de 2023, publicado por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa e com 180 países, as condições para o exercício do jornalismo são más em 7 de cada 10 países.
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