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Cisjordânia

Cisjordânia: palestiniano de 15 anos abatido pelo exército israelita

Um jovem palestiniano foi abatido nesta segunda-feira durante uma rusga militar israelita perto de Jericó, na Cisjordânia. O exército explicou que efectuou uma operação dentro do campo de refugiados para prender palestinianos suspeitos de estarem envolvidos em ataques contra israelitas. 

Palestinianos mostram vestígios de sangue no campo de refugiados de Aqabat Jaber, perto de Jericó, na Cisjordânia, a 10 de Abril de 2023.
Palestinianos mostram vestígios de sangue no campo de refugiados de Aqabat Jaber, perto de Jericó, na Cisjordânia, a 10 de Abril de 2023. © Nasser Nasser / AP
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De acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, o jovem Mohamed Fayez Balhan, de 15 anos, foi baleado na cabeça, no peito e no abdómen. Duas pessoas também foram detidas pela polícia. 

O exército israelita anunciou anteriormente, numa breve declaração, que "as forças de segurança estavam a conduzir uma operação em Aqabat Jaber, um campo de refugiados palestinianos perto de Jericó, na Cisjordânia, sem dar mais pormenores.

Um comunicado divulgado momentos depois afirma que o exército interveio no campo de refugiados para prender palestinianos suspeitos de estarem envolvidos em ataques contra israelitas, e que durante a operação tanto o suspeito abatido, assim como os homens detidos atacaram as forças de ordem.

Esta operação ocorreu um dia após o funeral de duas irmãs israelitas mortas na sexta-feira passada (7) na região de Jericó, na Cisjordânia. Na sequência deste ataque, um outro ataque com um carro-bomba ocorreu em Tel Aviv, no qual um turista italiano foi morto e outros sete resultaram feridos.  O movimento palestiniano Hamas afirmou que o ataque foi uma "resposta natural e legítima" à "agressão" israelita contra a mesquita Al-Aqsa em Jerusalém.

Em resposta, Israel anunciou no sábado que estava a preparar-se para mobilizar forças de segurança adicionais.

Esta escalada de tensões ocorre num momento em que as forças armadas de Israel também multiplicaram o número de operações na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e no restante do território israelita, mas também no Líbano e na Síria.

Na noite de Domingo, a força aérea israelita voltou a atacar a Síria, em retaliação a ataques efectuados contra as Colinas de Golã, a leste de Israel, alegando que os foguetes foram disparados desde a Síria.

O número de confrontos entre a polícia e palestinianos aumentou exponencialmente nas últimas semanas devido às incursões dentro da mesquita Al-Aqsa em Jerusalém durante o período de Ramadão. Na quarta-feira passada uma incursão policial na Esplanada das mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islão e situado no local mais sagrado do Judaísmo – o monte do Templo –, também foi palco de confrontos entre ambos os lados.

Um balanço estabelecido pela AFP, baseado em relatórios de autoridades palestinianas e israelitas, indica que 94 palestinianos e cerca de 18 israelitas e estrangeiros morreram desde Janeiro. Estes números incluem combatentes e civis, incluindo menores, do lado palestiniano, e civis, incluindo menores, e três membros da minoria árabe, do lado israelita.

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