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França

França: Duas moções de censura contra o governo

Duas moções de censura foram apresentadas esta sexta-feira, 17 de Março, contra o governo de Elisabeth Borne. Uma das moções é do partido de extrema-direita, Rassemblement national. A outra é dos deputados do grupo independente LIOT, descrita como "transpartidaria" porque foi subscrita pelos deputados da aliança de esquerda NUPES.

Assembleia Nacional, Paris, 19 de Outubro de 2022.
Assembleia Nacional, Paris, 19 de Outubro de 2022. AFP - EMMANUEL DUNAND
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O grupo Liberdades, independentes, ultra-mar e territórios –Liot- apresentou uma moção de censura descrita como "transpartidaria" porque foi subscrita pelos deputados da aliança de esquerda NUPES.

O líder do grupo, Bertrand Pacher, explicou que o voto nesta moção de censura vai permitir uma saída da crise profunda que se vive no país, lamentando, porém, o facto dos “colegas” do partido LesRepublicains não serem signatários do documento.

“A votação desta moção vai permitir sair desta profunda crise política”, declarou à imprensa o líder do grupo, Bertrand Pancher, lamentando que “os colegas da LR não sejam signatários”.

Uma segunda moção de censura foi apresentada pelo partido de extrema-direita Rassemblement national. Os textos são a resposta à posição do governo francês de Elisabeth Borne que recorreu ao artigo 49.3 para aprovar o projecto de lei da reforma do sistema das pensões, sem passar pela votação dos deputados. Os dois documentos devem ser devem ser analisados na próxima segunda-feira, 23 de Março.

Esta sexta-feira, houve protestos a perturbar o tráfego rodoviário na circular que rodeia a capital parisense. As refinarias de petróleo prometem parar no fim-de-semana e fechos pontuais de escolas secundarias.

A noite de ontem também ficou marcada por várias manifestações. Em entrevista à rádio RTL, o ministro francês do Interior, GéraldDarmanin, confirmou que mais de 300 pessoas foram detidas. Os protestos ocorreram também em outras cidades do país, incluindo Marselha, Nantes, Rennes e Lyon.

A reforma do sistema de pensões prevê a subida da idade da reforma dos 62 para os 64 anos e tem sido fortemente contestada em França.

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