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Reino-Unido / França

França e Reino Unido anunciam acordo para travar imigração clandestina

Paris – A França e o Reino Unido chegaram a um acordo multimilionário nesta sexta-feira (10) para travar a imigração clandestina no Canal da Mancha, situado entre os dois países. O acordo também prevê a abertura de um centro de detenção de migrantes no norte da França.

O Primeiro-Ministro britânico, Rishi Sunak, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, encontraram-se no âmbito da cimeira bilateral franco-britânica no Palácio do Eliseu, em Paris, no dia 10 de Março.
O Primeiro-Ministro britânico, Rishi Sunak, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, encontraram-se no âmbito da cimeira bilateral franco-britânica no Palácio do Eliseu, em Paris, no dia 10 de Março. AP - Kin Cheung
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Depois de vários anos de relações turbulentas entre a França e o Reino Unido, os dois países voltaram a encontrar-se à margem da cimeira bilateral franco-britânica em Paris, na sexta-feira (10), a primeira reunião de alto nível em cinco anos.

Dentre os vários assuntos abordados, o que mais se destaca é o novo acordo multimilionário para travar a imigração clandestina no Canal da Mancha, situado entre os dois países.  

Londres concordou em disponibilizar cerca de 540 milhões de euros para que, ao longo dos próximos três anos, Paris invista em tecnologia e policiamento necessário para impedir a travessia ilegal de imigrantes com destino ao Reino Unido.

Num documento publicado pelo governo britânico, o Reino Unido se compromete a financiar um centro de detenção de migrantes.

O Reino Unido ajudará a financiar um centro de detenção em França para aumentar a capacidade do país para lidar com o nível de pessoas que são traficadas através do Canal da Mancha. Este novo centro irá apoiar os esforços franceses para aumentar a capacidade de detenção, permitindo que mais migrantes que de outra forma poderiam viajar por rotas perigosas e ilegais para o Reino Unido sejam retirados da costa francesa.

Este assunto é uma das prioridades de Rishi Sunak, que pretende, com esta medida, enviar um sinal à franja mais à direita do seu eleitorado antes das eleições do próximo ano.

Por sua vez o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que ambos os países devem "fazer progressos em sincronia" no combate à migração clandestina, mas reiterou que a França não aceitará de volta os migrantes que tentam cruzar o Canal da Mancha.

Enquanto líderes políticos como o italiano, Matteo Salvini, e o francês, Éric Zemmour, saudaram vivamente esta decisão, diversas organizações não-governamentais (ONGs) criticaram esta medida.

O assunto da imigração clandestina no Canal da Mancha está no centro das atenções da França e do Reino Unido. Somente no ano passado cerca de 46.000 pessoas conseguiram fazer a travessia do canal e outras 30.000 foram impedidas.

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