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#Guerra na Ucrânia

Ucrânia: Konstantinivka na linha da frente da solidariedade

As forças russas bombardearam, esta sexta-feira, posições militares ucranianas na cidade de Kramatorsk, na região do Donbass. Uma cidade que se prepara para se defender caso a resistência ucraniana ceda em Bakhmut. Entre ambas, está Konstantinivka que tem vindo a receber e a apoiar muitos deslocados orindos de Bakhmut.

Konstantinivka, Ucrânia, 1 de Março de 2023.
Konstantinivka, Ucrânia, 1 de Março de 2023. AFP - DIMITAR DILKOFF
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Os ucranianos estão a intensificar as movimentações de defesa das cidades de Kramatorsk e Sloviansk face à possibilidade da queda de Bakhmut para o lado russo. Ao longo das principais estradas para a linha da frente são visíveis trincheiras de defesa preparadas para serem ocupadas pelos combatentes. Há dezenas de veículos militares camuflados em zonas florestais e muitos veículos de transporte militar posicionados em zonas estratégicas nos arredores das duas cidades.

Konstantinivka é uma das cidades que fica na rota da linha da frente, entre Bakhmut e Kramatorsk, na província de Donestsk. Enquanto se escutavam explosões e bombardeamentos ao fundo, a praça da Vitória recebeu dezenas de deslocados internos em busca de ajuda alimentar e outros mantimentos.

São pessoas originárias das zonas ocupadas e, em particular, de Bakhmut. “Alguns chegaram ontem, outros há dois dias ou até há um mês”, explica Halyana, da associação local Proliska que entrega ajuda humanitária em mão a cada um dos deslocados internos que se inscrevem numa lista. O apoio é fornecido pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados e nesta operação constava um kit de higiene familiar, toalhas, lâmpadas de energia solar, um colchão e uma almofada.

A ONG local presta também apoio psicológico a quem chega a esta cidade.

São pessoas que sofrem muito de stress porque muitos deles perderam as suas casas e os seus familiares. Há também pessoas com ferimentos”, conta a psicóloga Tatiana. “Nem preciso de lhes fazer perguntas porque eles falam por eles próprios. Sofreram tanto que têm necessidade de falar.

Esta não é a única associação a ajudar. Ali ao lado, um grupo de membros da Escola de Artes de Konstantinivka montou uma banca de distribuição de pão, mesmo em frente à sua sede. Aqui não há listas, quem precisa tira um ou dois pães de forma, embalados em plástico, que vão saindo de uma carrinha com dezenas de caixas trazidas para distribuir. Tudo isto enquanto um cheiro intenso a explosivos é trazido para a praça da Vitória pelo vento que o arrasta a partir das zonas de impacto dos “rockets” disparados a alguns quilómetros.

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