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Portugal

Portugal: "Padres abusadores não terão lugar na Igreja"

Padres abusadores não terão lugar na Igreja, as palavras são do Bispo José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, em reacção ao relatório apresentado pela Comissão Independente que dá conta que, pelo menos, 4.815 menores foram vítimas de abuso sexual por clérigos, desde 1950.

José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, faz uma declaração a propósito da apresentação do relatório final da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa, Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, 13 de Fevereiro de 2023.
José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, faz uma declaração a propósito da apresentação do relatório final da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa, Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, 13 de Fevereiro de 2023. LUSA - MIGUEL A. LOPES
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Padres abusadores não terão lugar na Igreja, as palavras são do Bispo José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, em reacção ao relatório apresentado pela Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica que divulgou que, pelo menos, 4.815 menores foram vítimas de abuso sexual por clérigos, desde 1950.

Em conferência de imprensa realizada ontem à noite, 13 de Fevereiro de 2023, o Bispo José Ornelas pediu desculpa às vítimas por esta "ferida aberta" que "envergonha" a Igreja Católica portuguesa.

O relatório exprime uma dura e trágica realidade: houve e há vítimas de abuso sexual provocadas por clérigos e outros agentes pastorais no âmbito da vida e das actividades da Igreja em Portugal. 

É uma ferida aberta que nos dói e que nos envergonha.

Os abusos de menores são crimes hediondos. Quem os comete tem de assumir as consequências dos seus actos e as responsabilidades civis, criminais e morais daí decorrentes.

Este estudo da comissão independente apresenta-nos um número muito maior daquele que soubemos apurar até hoje. 

Pedimos desculpa por não termos sabido criar formas eficazes de escuta e de escrutínio interno e por nem sempre termos geridos as situações de forma firme e guiada pela protecção prioritária dos menores.

O que o Papa [Francisco] diz muito claramente e isso também é verdade para nós: abusadores de menores não podem ter cargos dentro do ministério. Isso é muito claro. Desde que seja provado que é abusador, não tem lugar”

Esta segunda-feira, a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica divulgou que em Portugal, pelo menos, 4.815 menores foram vítimas de abuso sexual no seio da Igreja Católica, desde 1950. 

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