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China

China: OMS pede "mais transparência" a Pequim sobre dados da pandemia

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou no sábado, 14 de Janeiro, à China para fornecer mais dados sobre a pandemia. Este pedido foi feito durante uma reunião com autoridades de saúde chinesas, no mesmo dia em que a Comissão Nacional de Saúde da China anunciou ter contabilizado pelo menos 60.000 mortes relacionadas à COVID-19 desde Dezembro.

Quase 90% da população da terceira província mais populosa da China foi infectada com a covid-19 - disse uma autoridade de alto escalão nesta segunda-feira (9), no momento em que o país enfrenta um forte surto de casos.
Quase 90% da população da terceira província mais populosa da China foi infectada com a covid-19 - disse uma autoridade de alto escalão nesta segunda-feira (9), no momento em que o país enfrenta um forte surto de casos. AFP - JUNG YEON-JE
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O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, conversou com o director da Comissão Nacional de Saúde da China, Ma Xiaowei, no sábado (14), para abordar a questão da recente onda de casos de COVID-19 no país.

Esta reunião ocorreu no mesmo dia em que as autoridades sanitárias anunciaram cerca de 60.000 mortes relacionadas à COVID-19 desde o levantamento das restrições no mês passado.

Poucos dias antes, o director executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Michael Ryan, teceu duras críticas ao declarar que a organização ainda acredita que os números da China carecem de transparência, enquanto elogiou a “transparência radical” dos Estados Unidos.

Durante a conferência, funcionários chineses forneceram informações relativamente ao número de infecções e hospitalizações, mas também sobre o número de mortes relacionados ao vírus. O comité liderado pela OMS agradeceu os esforços do país na partilha de informações a respeito da pandemia ao longo dos últimos três anos, mas pediu esclarecimentos a Pequim.

De acordo com um comunicado publicado momentos após o término do encontro, a organização expressou o seu desejo de que o país partilhe dados mais detalhados com a organização e o público, e renovou o seu pedido para que o acesso aos dados seja livre e transparente. O documento também reitera a "importância de uma profunda cooperação e transparência da China" para ajudar a "compreender as origens da pandemia".

Desde o levantamento das medidas restritivas em Dezembro, uma onda de contágios sem precedentes vem atingindo a China. No mês passado as autoridades de saúde chinesas anunciaram um record de 37 milhões de casos de COVID-19 em apenas um dia.

Recentemente a Comissão Nacional Sanitária anunciou uma queda no número de infectados e hospitalizações, mas a veracidade das declarações está a ser fortemente contestada a nível nacional e internacional, à medida que mais países começam a impor restrições de viagem a cidadãos chineses.

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