China: queda recorde das exportações em Dezembro de 2022
A China regista novamente uma queda importante das suas exportações em Dezembro de 2022, de cerca de 10%, a maior desde o início da pandemia. É o terceiro mês consecutivo que o país regista uma queda nas exportações, um risco para a segunda economia mundial.
Publicado a:
As exportações caíram de 9,9% (cerca de 28 mil milhões de euros) em Dezembro de 2022, um recorde, negativo, desde o início da pandemia. Em novembro, as exportações já tinham diminuido cerca de 9%.
Esta queda contínua explica-se tanto pela epidemia de covid-19, que tem ganho terreno no país nas últimas semanas, como pela diminuição da procura externa.
A política "covid zero", com as suas fortes restrições para lutar contra a pandemia, durante três anos, é uma das explicações para o desempenho negativo das exportações. Com a política de covid zero, várias empresas foram forçadas a fechar, criando problemas logísticos nas cadeias de distribuição internacionais, contribuindo de forma decisiva para a queda das exportações, como também das importações, que também diminuiram (de 7,5% em dezembro).
Consumo interno como possível solução
Para alguns actores do mercado, esta situação destaca a importância de impulsionar o consumo interno como principal motor da economia em 2023. Os mercados esperam que Pequim anuncie mais medidas para sustentar esse consumo interno.
A China, segunda economia mundial, enfrenta sérios obstáculos, externos, com a inflação a aumentar no mundo e os preços da energia a disparar; e internos, com o aumento do número de doentes da Covid 19, o que perturbou fortemente a produção e as cadeias de fornecimento do país.
Resultado: as exportações chinesas aumentaram apenas 7% em 2022, em vez dos 30% registados em 2021.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro