China muda critérios de contagem das mortes devido ao COVID-19
Apesar do elevado número de contaminações, superior à média registada desde 2020, a China afirmou esta quarta-feira, 21 de Dezembro, que não foram observadas mortes por COVID-19.
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O Estado chinês decidiu utilizar um novo método "científico" de contagem de mortes devido à COVID-19. De acordo com Wang Guiqiang, um funcionário de saúde da cidade de Pequim, as causas de morte estão muitas vezes associadas a problemas que resultam da pandemia de Covid-19.
"Após a infecção com a variante Omicron, a principal causa de morte são as doenças subjacentes", disse Wang Guiqiang, acrescentando que "apenas um pequeno número morre directamente de insuficiência respiratória causada pela COVID-19".
A China distingue agora as mortes por COVID-19 e as mortes das pessoas que estavam infectadas pela pandmeia. Desde que as restrições foram levantadas, de acordo com números governamentais, apenas 6 pessoas morreram de COVID-19.
Após quase dois anos de restrições, o Estado chinês levantou no início do mês de Dezembro as restrições sanitárias que vigoravam no país. O cansaço da população e o desejo de uma retoma económica foram os factores que levaram ao fim da política “zero COVID”.
Varias cidades autorizam agora os cidadãos a irem trabalhar, nmesmo com sintomas de COVID-19, enquanto há algumas semanas atrás, qualquer pessoa com sintomas era enviada para um centro de quarentena.
Desde então, o número de casos de Covi-19 explodiu no país. Os hospitais estão sobrelotados e os medicamentos para combater a COVID-19 escasseiam nas farmácias.
Assim, o medo de enfrentar a elevada taxa de mortalidade, entre as pessoas vulneráveis, está cada vez mais presente por parte das autoridades.
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