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Ucrânia

Putin admite que a situação "está extremamente difícil" nas regiões anexadas

Numa mensagem dirigida aos funcionários de segurança do seu país, o presidente russo admitiu hoje que "a situação está extremamente difícil" nas regiões ucranianas anexadas em Setembro. Estas declarações de Putin surgem depois de este último se ter avistado ontem com o seu homólogo da Bielorrússia, seu aliado, com quem anunciou um reforço da cooperação nomeadamente em matéria de defesa.

O Presidente russo Vladimir Putin, no dia 9 de Novembro de 2022 em Moscovo.
O Presidente russo Vladimir Putin, no dia 9 de Novembro de 2022 em Moscovo. © Sergei Guneyev / AP
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"A situação nas Repúblicas populares de Donetsk, Lugansk, bem como nas regiões de Kherson e de Zaporijia é extremamente difícil". Foi o que disse Vladimir Putin numa mensagem vídeo em que apela os serviços de segurança e contra-espionagem a uma "concentração máxima".

Vladimir Putin, recorde-se, avistou-se ontem com o seu homólogo e aliado bielorrusso com quem estabeleceu um reforço da cooperação, designadamente no sector da defesa, com entrega mútua de armas e fabrico comum de armamento. A Rússia deveria igualmente continuar a formar militares bielorrussos para pilotar aviões de concepção soviética, Putin referindo contudo que este estreitar de relações não significa que o seu país esteja a "absorver" a Bielorrússia.

Declarações que não convenceram o porta-voz da diplomacia americana, Ned Price, que declarou ter "visto o regime de Lukachenko essencialmente ceder a sua soberania, a sua independência à Rússia".

Já do lado de Kiev, apesar do receio de um ataque vindo da Bielorrússia, as autoridades optaram por minimizar a alçada do encontro ontem entre Putin e Lukachenko. O chefe da diplomacia ucraniana qualificou-o como uma "nova 'gesticulação' política" durante a qual "nenhuma decisão crítica foi tomada". Por sua vez, num gesto interpretado como um desafio a Moscovo, o Presidente ucraniano deslocou-se a Bakhmut, localidade do leste sob intenso fogo russo há meses e uma das principais frentes de combate do seu país.

No terreno, a violência não conhece tréguas. Segundo o exército ucraniano, 30 a 35 drones "kamikazes" atirados pela Rússia e cuja maioria visava Kiev foram abatidos ontem. As autoridades ucranianas referem igualmente que esta terça-feira pelo menos 5 pessoas foram mortas em Donetsk e Kherson, no leste, sendo que a explosão de 21 mísseis em Zaporijia privou esta cidade de energia eléctrica.

Refira-se por outro lado que de acordo com os serviços noticiosos russos, foi registada uma explosão perto da cidade russa de Kazan, no gasoduto de exportação Urengoï-Pomary-Ujgorod que liga a Rússia à Ucrânia. Segundo um responsável local, sobre as 4 pessoas que estavam no local, 3 morreram no incêndio da infra-estrutura que estava em obras de manutenção.

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