Rússia rejeita decisão da UE, G7 e Austrália de limitar o preço do seu petróleo
Nesta sexta-feira, a União Europeia, o G7 e a Austrália adoptaram novas restrições contra a Rússia, com a aplicação a partir de segunda-feira da limitação a um preço máximo de 60 dólares para o barril de petróleo russo transportado por via marítima. Esta medida cujo objectivo é cortar uma das fontes de rendimento da Rússia sem pôr em causa o mercado energético internacional, já foi rejeitada por Moscovo.
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A partir da próxima semana, apenas o petróleo russo comercializado a um preço inferior ou igual a 60 dólares poderá ser exportado para os 27, a Austrália e o G7, ou seja, um preço um pouco abaixo do valor pelo qual tem sido comercializado ultimamente. Ainda ontem, o barril de petróleo russo exportava-se a cerca de 65 dólares.
Esta medida coincide com o início nos próximos dias do embargo da União Europeia sobre o petróleo russo transportado por via marítima, sendo que a Alemanha e a Polónia prevêem igualmente deixar de se fornecerem em petróleo russo via um oleoduto até ao final do ano.
De acordo com o bloco europeu, mais de 90% das importações russas poderiam ficar afectadas com a aplicação deste dispositivo que visa diminuir drasticamente os meios de a Rússia financiar a sua ofensiva na Ucrânia.
Reagindo hoje a esta decisão, a presidência da Ucrânia considerou que "a economia da Rússia vai ser destruída e ela vai ser responsabilizada por todos os seus crimes".
Já do lado de Moscovo, Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, garantiu que o seu país não vai aceitar esta decisão e, sem dar pormenores, afirmou que a Rússia já "se tinha preparado" para esta situação.
Refira-se que Moscovo já tinha avisado no passado que deixaria de entregar o seu petróleo a países que adoptassem uma limitação do preço dos seus barris.
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