China: Protestos levam Pequim a vacinar população idosa
A China decidiu esta terça-feira, 29 de Novembro, acelerar a vacinação contra a Covid-19 da população mais idosa, dois dias após as manifestações históricas contras as medidas de confinamento adoptadas por Pequim.
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A Comissão Nacional da Saúde compromete-se a “acelerar as campanhas de vacinação a pessoas com mais de 80 anos”, acrescentando que vai também aumentar a inoculação da população entre os 60 e os 79 anos de idade.
O anúncio das autoridades chinesas acontece após as manifestações deste fim-de-semana. Em Pequim, Xangai, Wuhan, e noutras cidades, a população saiu para protestar contra as medidas restritivas aplicadas pelo governo, face à pandemia de Covid-19.
Nos protestos, os manifestantes lançaram palavras de ordem pedindo a demissão do líder chinês, Xi Jinping, e do Partido Comunista da China, levando alguns comentadores a comparar estas manifestações com as de Tiananmen em 1989, reprimidas violentamente pelo regime.
Esta terça-feira, alguns dos manifestantes que participaram nos protestos começaram a ser interrogados avança aReuters. Dois manifestantes relataram que foram abordados por dois homens que se identificaram como agentes da polícia de Pequim.
O país tem vindo a por em prática, há quase três anos, uma política de "Covid zero", aplicando confinamentos sistemáticos, quarentena para os casos de contacto ou até mesmo a testagem em massa da população.
Face aos protestos de grande escala, a resposta das autoridades chinesas aos protestos não se fez esperar, com várias detenções entre os manifestantes, incluindo um jornalista da BBC.
Segundo a BBC, o jornalista identificou-se às autoridades, tendo sido preso e algemado enquanto cobria os protestos em Xangai. O jornalista ficou depois detido durante várias horas, tendo sido espancado e pontapeado pela polícia.
A ONU emitiu um comunicado em que pede às autoridades chinesas respeito pelo direito à manifestação, no quadro dos recentes protestos que se propagam contra os confinamentos e a política de "covid zero".
A Human Rights Watch na China, instiu Pequim a ”permitir que todos expressem pacificamente as suas opiniões”.
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